quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ipods, celulares, televisões e meio ambiente

A obsessão moderna por iPods, celulares e televisões com grandes telas está causando um aumento no uso de energia, o que prejudica o ambiente. O alerta foi emitido pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).


O grupo estima que 200 novas usinas nucleares seriam necessárias para o fornecimento de energia, a fim de alimentar todos os computadores, aparelhos de TV e tocadores de música que serão ligados até 2030. Isso significa que, somente para funcionarem, os aparelhos consumirão algo por volta de 1.700 terawatt-hora de energia, ou três vezes do que é utilizado atualmente. O número também equivale ao atual consumo doméstico de energia dos Estados Unidos e do Japão juntos.

Segundo o jornal britânico "The Daily Telegraph", a IEA, que assessora 28 países industrializados, estima que, em termos financeiros, o poder desse mercado chegará a US$ 200 bilhões por ano, a partir do rápido crescimento do consumo de aparelhos eletrônicos.

Paul Waide, analista político sênior da IEA, afirma que o setor de consumo eletrônico tem poucas políticas em vigor para estabelecer a eficiência energética. "Isso vai prejudicar os esforços para aumentar a segurança energética e reduzir as emissões de gases do efeito estufa", disse.

Os equipamentos eletrônicos representam, atualmente, por volta de 15% do consumo elétrico global, afirma a agência. No ano passado, o gasto mundial com energia elétrica desses tipos de aparelhos domésticos ultrapassou US$ 80 bilhões. Em 2030, o total de emissões de gases de estufa a partir de aparelhos domésticos poderá duplicar para cerca de 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Waide diz que a melhoria da eficiência energética dos aparelhos de televisão pode ser uma forma de evitar um aumento das emissões.

Há cerca de 2 bilhões de televisores em uso no mundo, em uma média de 1,3 por domicílio que possui este tipo de aparelho. A tendência de televisores com telas maiores, e um aumento da quantidade de tempo gasto no modo de espera, terá enorme impacto sobre o consumo de energia, afirma ele. (Fonte: Folha Online)

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