segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Termina o Fórum Social Temático (EBC - Agência Brasil)

Coordenador do Fórum Social Temático diz que objetivos foram alcançados

29/01/2012 - 16h28

Luana Lourenço e Paula Laboissière
Enviadas especiais da Agência Brasil

Porto Alegre - O Fórum Social Temático (FST) que, ao longo da última semana, reuniu 40 mil pessoas em Porto Alegre, conseguiu cumprir o objetivo de ser uma etapa preparatória para a Cúpula do Povos, a reunião que os movimentos sociais querem organizar em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o Brasil vai sediar em junho,no Rio de Janeiro.

A avaliação é de Celso Woyciechowski, membro do Comitê Organizador do Fórum Social Temático (FST), que conversou com a Agência Brasil e fez um balanço dos resultados de uma semana de debates. Woyciechowski disse que as articulações feitas em Porto Alegre servirão de base para uma plataforma de propostas que os movimentos sociais vão apresentar como alternativas ao que será negociado oficialmente pelos governos na conferência do Rio. A base é a crítica à chamada economia verde que, segundo as organizações não governamentais (ONGs), pode acabar apenas repetindo o modelo capitalista sob um rótulo de correção ecológica.

Agência Brasil: Como o senhor avalia essa edição do Fórum Social Temático?

Celso Woyciechowski: Todo Fórum Social Mundial e, aqui também, essa edição temática, sempre tem expectativas e grandes possibilidades de essas expectativas serem concretizadas. Acho que esse FST concretizou as expectativas, tanto de público - tivemos mais de 40 mil pessoas participando de todas as atividades - quanto de construir uma extraordinária plataforma para encaminhar à Cúpula dos Povos, durante a Rio+20, em junho. Esse elemento temático deu foco aos debates, motivou e fez com as que as pessoas participassem mais, com conteúdo, com profundidade e, portanto, transformasse esse fórum em uma das melhores edições no que diz respeito ao debate do conteúdo e no encaminhamento das resoluções. Nós, da comissão organizadora, estamos extremamente satisfeitos, pelo conteúdo, pela riqueza dos debates que aqui foram apresentados e pelas proposições que certamente serão levadas para a Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro.

ABr: O FST cumpriu o papel de ser uma preparatória para a Cúpula dos Povos?

Woyciechowski: Esse era o objetivo e acreditamos que foi cumprido. Cumpriu o papel de fazer o debate, armar uma mobilização em caráter mundial e uma plataforma com possibilidade de grandes acordos para a Rio+20, por meio da Cúpula dos Povos. Acreditamos que esse debate foi construído e será aperfeiçoado e aprimorado até o mês de junho, antes da Rio+20.

ABr: A crítica à economia verde é a principal mensagem que sai do fórum?

Woyciechowski: Acredito que o capitalismo tem suas crises cíclicas, demostra seus limites e busca alternativas. Acho que esse é o momento em que o capitalismo em crise está buscando alternativas na economia verde, alternativas para se reciclar. Todos os debates aqui colocados têm trabalhado com o conceito de economia verde, o conceito de emprego verde trazido pelo capitalismo, que nada mais é do que a reciclagem do próprio capitalismo, que não tem compromisso com a sustentabilidade, não tem compromisso com o meio ambiente e trabalha na lógica, portanto, de uma economia verde reciclando e reoxigenando o próprio capitalismo. Acho que nós precisamos trabalhar com outro conceito de economia verde, com outro conceito de emprego verde, linkar muito fortemente a mudança de um sistema de desenvolvimento hoje econômico com um sistema de desenvolvimento social, sustentável, com respeito ao meio ambiente e com justiça social e distribuição de renda.

ABr: Como essa edição temática se articula com processo histórico do Fórum Social Mundial? Houve uma evolução das ideias ao longo dos anos, da crítica ao neoliberalismo em 2001 para questões ambientais?

Woyciechowski: De 2001 até 2012, temos onze anos que separam a primeira edição do FSM, que tinha um cunho muito forte de fazer um contraponto sistemático ao modelo econômico baseado muito fortemente nas grandes diretrizes que eram elaboradas no Fórum Econômico Mundial, de Davos. Portanto, o FSM cumpriu seu papel nesse período, enquanto grandes transformações no mundo aconteceram. Vamos pegar o exemplo da América Latina: tivemos grandes transformações, mudanças de curso nas gestões públicas e no modelo de desenvolvimento. E, logicamente, o FSM também precisa avançar, também precisa ter respostas para debates mais objetivos.

ABr: Como os movimentos sociais avaliaram a vinda da presidenta Dilma ao fórum, pela primeira vez como chefe de Estado?

Woyciechowski: O aspecto mais positivo foi a decisão da presidenta Dilma de vir para o FST e não ir ao Fórum Econômico de Davos. Essa foi uma decisão política extremamente acertada da presidenta Dilma e que demonstra o seu empenho em buscar um diálogo que seja alternativo, que não seja um modelo vertebrado a partir de Davos. E, para além disso, a presidenta abriu um debate franco, transparente, com os movimentos sociais, com as organizações. Ela apresentou sua vontade, sua disposição de buscar as transformações.

Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

Edição: Vinicius Doria

FSM convoca protesto contra capitalismo (noticias.uol.com.br)

28.01.2012 - 18h43

Fórum Social Mundial convoca protesto contra capitalismo para 5 de junho

Eduardo Davis.

Porto Alegre, 28 jan (EFE).- As organizações que participam do Fórum Social Mundial convocaram neste sábado para o dia 5 de junho um "grande dia de mobilização" global contra o capitalismo e "em defesa da justiça ambiental e social".

O protesto mundial, idealizado em meio às atividades do fórum em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, ocorrerá 15 dias antes da abertura da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, que reunirá no Rio de Janeiro dezenas de chefes de Estado e de Governo.

A intenção dos movimentos do Fórum Social Mundial é alertar os governantes mundiais que a "sociedade civil" exige o fim do "processo de "destruição" do planeta.

O objetivo é que a mobilização global seja similar ao movimento contra a globalização de 15 de fevereiro de 2003, que levou 15 milhões de pessoas às ruas de centenas de cidades do mundo inteiro para protestar contra a Guerra do Iraque.

Neste sábado, o movimento contra a globalização confirmou que durante a Rio+20 fará no Rio de Janeiro o que batizou de "Cúpula dos Povos", um protesto pela falta de compromisso real contra a mudança climática causada pela ação depredadora do homem.

"O aquecimento global é resultado de um sistema capitalista de produção, distribuição e consumo" dominado pelas "multinacionais, instituições financeiras e organismos que não querem reduzir suas emissões" de gases poluentes, diz o comunicado divulgado neste sábado pela Assembleia dos Movimentos Sociais.

O comunicado denuncia que "agora pretendem impor a economia verde como solução da crise ambiental e alimentícia", mas afirma que isso "agravará o problema e vai resultar na mercantilização e privatização da vida".

A "tentativa de 'tornar verde' o capitalismo, acompanhado pelos novos instrumentos dessa economia verde, é um alerta para que os movimentos sociais reforcem a resistência e assumam obviamente o papel principal na construção de novas alternativas à crise", acrescenta.

"A partir de hoje mesmo começa a mobilização contra a economia verde", declarou na Assembleia dos Movimentos Sociais o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que também faz parte da coordenação da Via Campesina, uma rede mundial de pequenos agricultores.

Os movimentos sociais do Fórum Social expressaram em nota sua "rejeição as falsas soluções para crise" e denunciaram que "os agrocombustíveis, a geoengenharia e os mercados de carbono" são "somente novas fantasias de um mesmo sistema".

Com relação à questão ambiental, as organizações sociais expressaram "solidariedade a luta dos povos do mundo contra a lógica depredadora e neocolonial das indústrias extrativistas e as mineradoras multinacionais".

No que diz respeito à situação financeira global, a nota indica que "todos os povos do mundo sofrem atualmente os efeitos do agravamento da profunda crise do capitalismo".

Eles denunciam que os "agentes do sistema", que identificam como "bancos, multinacionais, grandes grupos de mídia, instituições internacionais e Governos a seu serviço", buscam "aumentar os próprios lucros por meio de políticas intervencionistas e neocolonais".

Como descreve o documento, essas políticas conduzem a "guerras, ocupações militares, tratados neoliberais de livre-comércio e medidas de austeridade expressas em planos econômicos que privatizam bens, cortam salários, reduzem direitos, multiplicam o desemprego e exploram os recursos naturais".

Esta edição reduzida do Fórum Social, realizada em Porto Alegre desde terça-feira, chega ao fim neste domingo, com atividades paralelas que voltarão a concentrar-se na "resistência a Rio+20", que neste ano marcará as ações e protestos dos movimentos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Primeiro dia de debates no Fórum Social Temático

Primeiro dia de debates no Fórum Social Temático 2012 prioriza temas ambientais como Rio+20 e Código Florestal

25/01/2012 - 8h41

Paula Laboissière
Enviada Especial

Porto Alegre – O primeiro dia de debates promovidos pelo Fórum Social Temático (FST) 2012 deverá ser tomado por discussões sobre a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho no Rio de Janeiro.

Entre as mesas previstas estão Rumo à Rio+20 dos Povos – Crise Capitalista e Economia Verde e Rumo à Rio+20 dos Povos: Um Novo Período Histórico, ambas agendadas para às 9h.

Outro destaque é a mesa Construindo Cidades Sustentáveis, marcada para as 16h, com a participação de nomes como Boaventura de Souza Santos, Frei Betto, Jorge Abrahão, Leonardo Boff, Marina Silva e Oded Grajew .

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também cumpre agenda hoje (25) na capital gaúcha. Além da Rio+20, ela deve tratar, durante o fórum, de temas que incluem o novo Código Florestal e cidades sustentáveis. Às 11h, Izabella participa do 2º Encontro Brasileiro de Secretários de Meio Ambiente.

Organizada por ativistas e organizações da sociedade civil, a edição temática deste ano do FST pretende ser uma prévia da Cúpula dos Povos, encontro de movimentos sociais paralelo à Rio+20. A expectativa é que mais de 30 mil pessoas participem das atividades, programadas para Porto Alegre e região metropolitana, nas cidades de Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).


Edição: Lana Cristin

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fórum Social Temático 2012

É PRECISO REINVENTAR O MUNDO

Seja bem vindo ao Fórum Social Temático.

Mais uma vez estamos reunidos em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo para debater
e elaborar propostas para um novo mundo. Nesta edição o Fórum Social é temático e vai concentrar os
debates nos temas centrais da conjuntura internacional que são a crise capitalista e justiça
social e a justiça ambiental.

O FST 2012 se insere no processo do Fórum Social Mundial, iniciado aqui em 2001, e quer ser
novamente um espaço de convergência do pensamento altermundista. Neste início da segunda
década do século XXI, duas questões dominam os debates: a crise do mundo capitalista, no momento
evidenciado no continente europeu e na recessão norte-americana; e as luta dos movimentos e
organizações sociais por um desenvolvimento sustentável que preserve o meio ambiente e respeite os
direitos dos diferentes grupos sociais, principalmente os mais vulneráveis do mundo.

Como em junho próximo, acontece no Rio de Janeiro a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, que marca duas décadas da Eco92, o FST2012 também se insere como momento
preparatório para a Rio+20 dos Povos que será um evento paralelo à conferência oficial e que reunirá
lideranças e movimentos dos cinco continentes para pressionar por avanços na defesa dos direitos sociais e ambientais de todos os povos. Passados
20 anos, está claro que nenhuma das promessas feitas pelos governos foi cumprida. É preciso que movimentos e ativistas sociais estejam presentes
para marcar nossas posições de desagrado com o modelo de desenvolvimento das economias capitalistas, que gera devastação ao planeta e
sofrimento aos povos. Parte desta mobilização e a discussão e elaboração de propostas alternativas estarão sendo articuladas em dezenas de Grupos
Temáticos e de Atividades Autogestionárias em nosso Fórum Social Temático. Nestes cinco dias haverá centenas de atividades, oficinas, palestras,
seminários, conferências e atividades culturais.

A juventude terá seu espaço de destaque no Acampamento Intercontinental da Juventude, teremos o protagonismo das feiras de economia solidária,
praças de alimentação orgânica, vegetariana e espaços de convivência e vida alternativa. As quatro cidades receberão representantes de todas as
vertentes da sociedade civil organizada. De todo os continentes estarão presentes ativistas que foram protagonistas dos novos movimentos,
tais como o Occupy Wall Street, a Primavera Árabe, os indignados da Espanha, as manifestações estudantis chilenas, entre outros. Este Caderno de
Programação que cada participante tem em mãos, contêm um guia praticamente completo de programação do FST 2012. Os movimentos e organizações
sociais brasileiros e internacionais convidam a todos:

É hora de reinventar o mundo!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Museu da Língua Portuguesa (Lembranças)












Em período de férias vamos lembrar nosso passeio a São Paulo, quando visitamos o Museu da Língua Portuguesa.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Educação e Participação (Marx e Chomsky)

Educação não significa dizer às pessoas no que elas devem acreditar – significa aprender com elas.

Karl Marx disse, “A tarefa não é somente entender o mundo, e sim mudá-lo”. Uma variante que se pode ter em mente é que se você quer mudar o mundo, é melhor tentar entendê-lo. Isso não significa assistir a uma palestra ou ler um livro, embora isso às vezes ajude. Você aprende ao participar. Você aprende com os outros. Você aprende com as pessoas que você está tentando organizar. Todos temos de adquirir compreensão e experiência antes de formular e implementar ideias.

Noam Chomsky

Tradução: Lana Lim



Stephen Hawking faz 70 anos (Uol, Ciência e Saúde)

Outro dia no colégio alguém disse que ele tinha morrido. Morreu não, olha só ele aí!!!


8/01/2012 - 07h00

Stephen Hawking completa 70 anos e mostra triunfo sobre a adversidade

Claudia Rahola
Em Londres
Comentários 26

Quando foi diagnosticado com a doença neurodegenerativa há quase meio século, ele recebeu uma previsão de poucos anos de vida, mas Stephen Hawking, um dos cientistas mais famosos do mundo, está pronto para celebrar 70 anos hoje (8) desafiando todas as adversidades.

Paralisado, obrigado a utilizar uma cadeira de rodas e a falar por meio de um computador, Hawking continua trabalhando incansavelmente para revelar os mistérios do universo e tornar acessíveis ao maior público possível os complicados conceitos da física.

"As pessoas diagnosticadas com esta doença, uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica, morrem em média 14 meses após o diagnóstico. Obviamente, Stephen Hawking é excepcional pela quantidade de tempo que vive com ela", explicou à AFP Elaine Gallagher, da Associação de Doenças Neurodegenerativas.

O próprio astrofísico atribui sua fama à doença com a qual convive desde os 21 anos e que abalou progressivamente suas funções motoras.

"As pessoas são fascinadas pelo contraste entre minhas capacidades físicas extremamente limitadas e a imensidade do universo com o qual trato", explica com modéstia e humor em seu site o autor de "Uma Breve História do Tempo" (1988), um livro de divulgação científica que vendeu milhões de exemplares em todo o mundo.

A fama do cientista é tamanha que inclui participações especiais em séries de TV como "Star Trek" e "Os Simpsons", no qual em uma discussão de bar ameaça roubar de Homer Simpson a curiosa tese sobre o universo na forma de donut.

Para o astrônomo real Martin Rees, que o conheceu quando ambos cursavam doutorados na Universidade de Cambridge, Hawking "se tornou possivelmente o cientista mais famoso do mundo, aclamado por suas pesquisas brilhantes, por seus livros best-sellers e, acima de tudo, por seu assombroso triunfo ante a adversidade".

Ele destaca, no entanto, que o sucesso entre o grande público não deve ofuscar as importantes contribuições de Hawking ao mundo da ciência pura, em particular nas áreas dos buracos negros, relatividade e gravidade.

"Indubitavelmente ele fez mais que qualquer um desde Einstein para melhorar nosso conhecimento sobre a gravidade", declarou o ex-presidente da Royal Society, uma das instituições científicas mais antigas e prestigiosas do mundo, na qual Hawking foi admitido em 1974, com apenas 32 anos.

"Seu grande 'momento eureca', em 1974, revelou um profundo e inesperado vínculo entre a gravidade e a teoria quântica", completou.

Para o dia em que completa 70 anos, o Centro de Cosmologia Teórica da Universidade de Cambridge, dirigido por Hawking, organizou um evento público para o qual os ingressos estão esgotados há semanas.

O simpósio sobre "O Estado do Universo" será precedido por uma conferência na qual cientistas de prestígio mundial examinarão a atual situação em tópicos como buracos negros, cosmologia e física fundamental, áreas abordadas nos trabalhos de Hawking.

O Museu da Ciência de Londres também organizou para a ocasião uma mostra de fotografias que celebram a vida e a obra do astrofísico, que o público poderá visitar a partir de 20 de janeiro.

Nascido na cidade inglesa de Oxford em 8 de janeiro de 1942, no tricentenário da morte de Galileu, Hawking sempre acreditou que a ciência era seu destino e, aconselhado pelos médicos, concentrou todas as energias no estudo da cosmologia.

"Quando Stephen não podia mais fazer uso das mãos e manipular equações no papel, compensou com o treinamento para manipular formas e topologias complexas em sua mente a grande velocidade. Esta capacidade permitiu que ele encontrasse soluções para problemas físicos difíceis que ninguém conseguia resolver e que, provavelmente, ele mesmo não teria sido capaz de fazê-lo sem esta nova habilidade", afirmou o físico teórico americano Kip Thorne, um colaborador habitual do britânico.

Durante a longa carreira, Hawking recebeu vários reconhecimentos e ocupou durante 30 anos a Cátedra Lucasiana de Matemáticas de Cambridge, três séculos depois do "pai" da gravidade Isaac Newton.

Na vida privada, Hawking foi casado duas vezes e tem três filhos. Fora dos trabalhos científicos, ele confessou que as mulheres são o enigma que ainda não conseguiu desvendar.

"São um mistério completo", declarou à revista New Scientist.

(colado de:notícias.uol.com.br)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012 CIDADANIA

Nosso tema: CIDADANIA.
Direitos e Deveres.
Uma parte: exigir, fiscalizar;
outra parte:cumprir, participar.
Prática, exercício.
Ofício de viver.

Sylvio

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fogos Poluentes na Virada

Fogos verdes (Nitrato de Bário a mais poluente das matérias-primas de pirotecnia) para comemorar a entrada no Rio+20??? Que contradição é essa???

Receita de Ano Novo (C. Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade: RECEITA DE ANO NOVO

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade