quinta-feira, 25 de abril de 2013

O VERDE E O AMARELO NÃO SERÃO AS CORES QUE FICAM NO MEU CORAÇÃO EM 2014



Senhoras e senhores, em 2014, na torcida deveria haver milhões de treinadores, não com cada um escalando a seleção, mas torcendo contra ela. E o verde e o amarelo não serão as cores que ficarão em meu coração.  O toque de bola não deve ser nossa escola e nem nossa maior tradição. Não farei parte de uma galera que vibra, canta, se agita e grita é campeão e meu coração não vai batendo a mil e nem com raça por esse Brasil. A cor mais apropriada para se vestir durante a Copa do Mundo de 2014 será o preto, que representará o luto em solidariedade àqueles cidadãos brasileiros, que sofreram as atrocidades que esse evento megalomaníaco trouxe e vem trazendo para nosso país.

É lamentável dizer que somos o país da Copa. Desmatar, destruir, desapropriar, despejar, desalojar, expulsar... são os verbos que imperam na lógica e na prática dos governantes do país que sediará Copa de 2014! Essa é a Copa que nós, povo brasileiro, estamos financiando. Nossos impostos estão sendo investidos para realizar atentados contra a natureza e sociedade, desmatar o pouco verde que já temos em áreas urbanas, desapropriações insanas com violência física e moral, assassinatos... a outros seres humanos. 

Sou um apaixonado pelo esporte, pelo futebol! E todo brasileiro que ama esse esporte, deveria ao menos tentar, ter uma opinião insurgente contra a Copa do Mundo no Brasil, bem como, se posicionar contra a maneira que ela vem sendo realizada, pois, temos outras prioridades e esse megaevento infelizmente é a pauta mais importante do governo, até que essa mazela se realize. Já algum tempo não acompanho jogos da seleção brasileira (opção particular), gerida por uma entidade (CBF) que historicamente foi composta por pessoas corruptas e reacionárias e tentarei NÃO assistir os jogos desta Copa, megaevento que está causando atrocidades irreparáveis a inúmeras pessoas nesse país, e muitas vezes, a mídia televisiva não repassa essas informações à população brasileira.

Embora muito pouco provável, caso venha a assistir algum jogo da seleção brasileira, será para torcer contra ela, isto mesmo! E isso não é antipatriotismo, muito pelo contrário, talvez seja uma atitude verdadeiramente patriótica, por ser radicalmente contra as injustiças sociais proporcionadas pela realização da Copa do Mundo no Brasil, megaevento este, que é uma verdadeira celeuma antissocial, trazida pelo grande capital esportivo para nosso país, que é economicamente emergente (ou já seria uma potência?), mas que se encontra numa verdadeira barbárie social. Em inúmeras intervenções sócio-espaciais, originadas desse (re)ordenamento territorial insano realizado pelo governo, pessoas estão tendo não apenas seus lares destruídos, mas principalmente, vão sendo expropriadas territorialmente e vendo o assassinato de sua própria história acontecer.

A Copa implica em várias questões territoriais e espaciais, que são desconhecidas por uma grande maioria dos brasileiros que são favoráveis a essa balbúrdia que veio parar no nosso país. Que no frigir dos ovos, efetivamente só está trazendo benesses para os grandes empresários e políticos que estão fazendo farra com o dinheiro do povo.  Existem brasileiros que estão sofrendo e lutando contra as ações desse megaevento no Brasil. Para milhões de torcedores, seus ídolos são jogadores milionários que nem sabem da sua existência, que efetivamente não contribuem em nada para a vivência e sobrevivência da população.
Enquanto isso, temos, por exemplo, pobres camponeses que também desconhece que você existe, mas efetivamente estão plantando para a sobrevivência de milhares de brasileiros e ainda lutando contra o poder escarnecedor do Estado, sem as vibrações e comemorações de milhões da torcida brasileira. Estes exemplos e outros que podemos nos debruçar, é que contribuem efetivamente para o mantimento e desenvolvimento do país, cidadãos e cidadãs simples, que a cada dia e cada vez mais, tornam-se meus ídolos.

Não devemos observar a Copa apenas como um evento esportivo, mas como um evento que está envolto de questões políticas, econômicas e sócio-espaciais, temos que enxergar o que estar por trás e além da maior competição de futebol do planeta.  Por exemplo, o esporte amador no país, historicamente esteve relegado às traças, com poucas políticas públicas nesse setor e os êxitos, se devem a força de vontade de atletas e técnicos, e não regularmente, com a presença de patrocínios.

Verdadeiramente, gostaria nesse exato momento que escrevo estar lutando com braços e punhos ao lado dessas pessoas, que diretamente sofrem contra o poder coercitivo do Estado, na realização dessa política do pão e circo contemporânea em favor de uma Copa do Mundo, leia-se aqui, grande capital. Como nesse exato momento, não posso fisicamente estar ao lado delas, faço de minhas palavras instrumento de luta. Há braços!




Por Hélio de França Gondim – Professor de Geografia da Rede Pública de João Pessoa/PB

quarta-feira, 10 de abril de 2013

IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente

A IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) é um processo dinâmico de diálogos e encontros voltado para o fortalecimento da cidadania ambiental nas escolas e comunidades a partir de uma educação crítica, participativa, democrática e transformadora.
A Conferência será realizada em Brasília-DF, no período de 10 a 14 de outubro de 2013 e contará com a participação de cerca de 700 delegados(as) de 11 a 14 anos, provenientes de todas as Unidades Federativas.
A Conferência Nacional trabalhará a temática Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis a partir dos projetos de ação selecionados na etapa estadual, utilizando metodologias participativas e processos de educomunicação que serão detalhados posteriormente, constituindo-se em um processo pedagógico que traz a dimensão política da questão ambiental para os debates realizados nas escolas e comunidades, na construção coletiva de conhecimento e no empenho nas resoluções de problemas socioambientais, respeitando e valorizando a opinião e o protagonismo dos adolescentes e jovens.
Presidida pelo Ministro de Estado da Educação e coordenada pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, que integram o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/99), a IV CNIJMA está sob responsabilidade da Coordenação Geral de Educação Ambiental (CGEA), da Diretoria de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania (DPEDHC) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do MEC, em parceria com o Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente.
A IV CNIJMA é destinada ao público das escolas do Ensino Fundamental, públicas e privadas, urbanas e rurais, da rede estadual ou municipal, assim como das escolas de comunidades indígenas, quilombolas e de assentamento rural, e tem o desafio de mobilizar toda a comunidade escolar.
O ICMBio é um dos membros do Comitê Consultivo Nacional da IV CNIJMA, composto por instituições governamentais e não governamentais de abrangência nacional. O Comitê tem por finalidade orientar os processos preparatórios para a Conferência, apoiar atividades no âmbito nacional, nas etapas da conferência nos estados e fortalecer a intersetorialidade destas ações.
O material da Conferência e a forma de participação serão encaminhados a todas as escolas pelo MEC.
Portaria Interministerial nº 883, de 05 de julho de 2012
Formando Com-vida, Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de vida na Escola: construindo a Agenda 21 na escola - (MMA, MEC).
Passo a passo para a Conferência de Meio Ambiente na Escola + Educomunicação: escolas sustentáveis - (MMA, MEC).
Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando-nos para pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais - (MMA, MEC).

domingo, 7 de abril de 2013

Estudantes perdem vagas de estágio por erros de português (UOL - São Paulo)

Uma pesquisa feita pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) durante o ano de 2012 mostrou que de 7.219 estudantes que disputavam uma vaga de estágio, 2.081 (28,8%) foram eliminados por erros de português.
Para realizar a pesquisa foi utilizado um ditado de 30 palavras – o candidato com mais de sete erros era eliminado. Palavras como "adptação", "flequicivel", "ancioço" e "obiseção" foram escritas por estudantes no exercício.

Veja dois exemplos de ditados disponibilizados pelo Nube

  • Divulgação/Nube
  • Divulgação/Nube
O índice de reprovação foi maior entre os homens, com 32% dos candidatos eliminados. Entre as mulheres, a porcentagem de reprovação foi de 26,6%.
Segundo a pesquisa, os jovens entre 14 e 18 anos apresentaram melhor desempenho, com 75% de aprovação no teste. Em seguida, aparecem as pessoas entre 19 a 25 anos (68,9%), 26 a 30 anos (69,2%) e acima de 30 anos (71,2%).
Alunos do ensino médio técnico tiveram o pior desempenho nos testes: cerca de 37% ultrapassaram as falhas aceitáveis no processo seletivo. Na sequência do desempenho insatisfatório, aparecem os estudantes de cursos tecnólogos (30%), médio (29%) e superior (28,5%).
No ensino médio, alunos de escolas particulares tiveram resultados melhores do que os alunos de escolas públicas. Já no ensino superior, os estudantes de universidades públicas foram melhores do que os alunos de instituições privadas.
A pesquisa também dividiu os resultados por cursos. Os piores índices ficaram entre os alunos de pedagogia (50% de reprovação), jornalismo (49%), matemática (41,4%), psicologia (41%) e ciência da computação (40%). Já os melhores resultados foram atingidos pelos estudantes de comércio exterior (83% de aprovação), medicina veterinária (82%), relações públicas (80%), engenharia de produção (80%), nutrição (75,5%), engenharia elétrica (74,5%) e direito (74%).

sábado, 6 de abril de 2013

"Água para o desenvolvimento" (Ano Internacional de Cooperação pela Água)

26.03.2013 - UNESCO Office in Brasilia

Artigo "Água para o desenvolvimento"

Água para o desenvolvimento
Lucien Muñoz

Jornal O Globo, 26/03/2013, Opinião, p. 17

Recentemente, a ONU divulgou que o mundo atingiria, até 2015, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir pela metade a proporção de pessoas sem acesso à água potável. No entanto, o planeta enfrenta enormes desequilíbrios entre regiões e países no que diz respeito ao acesso à água de qualidade, e dificilmente atingirá a meta global de saneamento. Quase 40 milhões de pessoas ainda carecem de acesso à água de qualidade, e 120 milhões não têm instalações sanitárias apropriadas, sendo a maior parte delas pobres de zonas rurais em países menos desenvolvidos.
A dificuldade de acesso à água potável e a escassez de recursos hídricos em muitas partes do mundo - no Brasil, a recente seca do Nordeste foi a pior das últimas décadas - tendem a se agravar. Com o crescimento previsto da população urbana, o aumento da demanda mundial por alimentos, na ordem de 70% até 2050, e a expansão da atividade industrial e da produção de energia, aliados à intensificação das mudanças climáticas, será cada vez maior a pressão sobre as fontes de água doce.
Diante desse cenário, o Ano Internacional de Cooperação pela Água, coordenado pela UNESCO, chama a atenção para os benefícios da cooperação no gerenciamento da água, um bem fundamental que, se for bem utilizado e compartilhado, pode fomentar a confiança entre diferentes grupos, comunidades, regiões e Estados, além de promover a paz. Entretanto, se se tornar mais escasso ou concentrado nas mãos de poucos, pode intensificar tensões e conflitos e, até, em situações extremas, provocar guerras entre países.
A cooperação pela água é, portanto, essencial para a segurança e a convivência pacífica mundial. A água não está confinada a fronteiras nacionais. Existem, na atualidade, 148 países que compartilham bacias hidrográficas transfronteiriças. O Brasil, país que detém 12% da água doce corrente do planeta, tem no Aquífero Guarani um bom exemplo de cooperação com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Em agosto de 2010, os presidentes dos quatro países assinaram um acordo de cooperação para a ampliação do conhecimento sobre o aquífero e a identificação de áreas críticas. Os países comprometeram-se a conservar e proteger o aquífero para garantir o uso igualitário de seus recursos hídricos.
Em um momento de crise global - de ordem econômica, financeira, política e ambiental -, os governos e a sociedade devem estar atentos ao papel central da cooperação pela água para o desenvolvimento da economia e do bem-estar social das nações. Isso, sobretudo, após o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos recursos hídricos (WWDR4) ter previsto, em 2012, a intensificação das disparidades econômicas entre países e entre setores econômicos ou regiões dentro dos países, por conta da demanda crescente pelos recursos hídricos, tendo como principais vítimas as pessoas mais pobres. O relatório mostra ainda a necessidade de se realizar uma ação concertada, por meio de uma abordagem coletiva dos setores que fazem uso intensivo da água, para garantir que os benefícios sejam distribuídos equitativamente.

Lucien Muñoz é economista e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Começam as aulas de teatro. Lembranças de "Os Leitores"



Começaram ontem as aulas de teatro em nosso CIEP 137 CECÍLIA MERELES. Em 2010 criamos a sala de leitura e o Grupo "OS LEITORES" lá no Hercília Moret. Saudades dos que foram, carinho aos que chegam... As aulas serão às terças-feiras, de 17h às 18h, por enquanto.