sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dia Internacional da Diversidade Biológica (IDB) (Canal Azul)

22 de Maio - Dia Internacional da Diversidade Biológica (IDB)

A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamaram o dia 22 de Maio como “O Dia Internacional da Diversidade Biológica” (International Day for Biological Diversity ou IDB) para incrementar os estudos e conservação da Biodiversidade. Quando foi criado pelo Segundo Comitê da Assembléia Geral da ONU em 29 de dezembro de 1993, data da primeira Convenção sobre a Diversidade Biológica. Em dezembro de 2000, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou o dia 22 de Maio como o Dia Internacional da Diversidade Biológica. Esta mudança ocorreu porque era muito difícil para a grande maioria dos países planejar ações e comemorar a data em 29 de dezembro por coincidir com as festas de fim de ano.

Todos os anos há um tema a ser discutido. Este ano, o tema escolhido para a comemoração do IDB será sobre “Espécies Exóticas Invasoras” (invasive alien species ou IAS). São chamadas de espécies exóticas aquelas que não são nativas de um ecossistema. Plantas, animais, patógenos ou qualquer outro tipo de organismo que possa causar algum tipo de prejuízo ambiental ou econômica e ainda causar algum tipo de dano à saúde humana. Particularmente, espécies exóticas causam um grande impacto ambiental, incluindo a eliminação das espécies locais, por meio de competição, predação, transmissão de patógenos, com conseqüência a destruição parcial ou total do ecossistema local.

Espécies exóticas, introduzidas pelo homem ou por migração dos seus ambientes naturais, têm afetado quase todos os ecossistemas terrestres e hoje é um dos grandes desafios para a manutenção da Biodiversidade. Desde o século XVII, as espécies exóticas invasoras, contribuíram aproximadamente com 40% de extinção da vida animal no planeta, com causas desconhecidas (CBD, 2006).

O problema continua a crescer, gerando custo socioeconômico, ecológico e a saúde humana ao redor do mundo. Espécies invasoras têm aumentado a pobreza e a destruição na agricultura, em florestas, redução da pesca e diminuição de espécies em todos os sistemas naturais, importante base de desenvolvimento dos povos em todos os países. Isso ainda é agravado pelas mudanças climáticas, poluição ambiental, redução e perda dos habitas e as diferentes ações antrópicas.

CBD, 2006. Panorama da Biodiversidade Global 2. Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica, ONU, Montreal, 81 + vii paginas.

Biodiversidade do Brasil –

O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. Diversas espécies de plantas de importância econômica mundial são originárias do Brasil, destacando-se dentre elas o abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (também conhecida como castanha do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba.

O Brasil abriga o maior número de primatas com 55 espécies, o que corresponde a 24% do total mundial; de anfíbios com 516 espécies; e de animais vertebrados com 3.010 espécies de vertebrados vulneráveis, ou em perigo de extinção. O país conta também com a mais diversa flora do mundo, número superior a 55 mil espécies descritas, o que corresponde a 22% do total mundial. Possui, por exemplo, a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 espécies) e de orquídeas (2.300 espécies). Possui também 3.000 espécies de peixes de água doce totalizando três vezes mais que qualquer outro país do mundo.

O Brasil é agraciado não só com a maior riqueza de espécies, mas também, com a mais alta taxa de endemismo. Uma em cada onze espécies de mamíferos existentes no mundo é encontrada no Brasil (522 espécies); juntamente com uma em cada seis espécies de aves (1.622), uma em cada quinze espécies de répteis (468), e uma em cada oito espécies de anfíbios (516). Muitas dessas são exclusivas para o Brasil, com 68 espécies endêmicas de mamíferos, 191 espécies endêmicas de aves, 172 espécies endêmicas de répteis e 294 espécies endêmicas de anfíbios. Esta riqueza de espécies corresponde a, pelo menos, 10% dos anfíbios e mamíferos e 17% das aves descritas em todo o planeta.

A composição total da biodiversidade brasileira não é conhecida e talvez nunca venha a ser, tal a sua magnitude e complexidade. Entretanto, sabe-se que para a maioria dos seres vivos, o número de espécies no território nacional, na plataforma continental e nas águas jurisdicionais brasileiras é elevado; é fácil inferir que o número de espécies, tanto terrestres quanto marinhas, ainda não identificadas, pode alcançar valores da ordem de milhares no Brasil.

Fonte: IBAMA.


http://www.canalazultv.com.br/videos.aspx?id=264

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