sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Da Humanidade para Gaia

Minha amiga Gaia, estou escrevendo esta carta em nome de toda a humanidade para pedir nossas sinceras desculpas pelo mal que nós estamos fazendo a você. Há vários e vários séculos você cuida de nós, você providenciou as condições essenciais para a evolução da vida, e nós nada fizemos para contribuir, ficamos de braços cruzados. Nós poluimos o ar que você sempre ofereceu a nós, jogamos lixos nos rios, lagos e mares. Mas, agora que percebemos que estamos maltratando você, vamos recuperar o tempo perdido, não deixaremos as coisas se agravarem. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza de nossa Gaia é um dever sagrado e de todos nós.

Anderson Cardoso Alves (Turma 2002)

Reveja suas atitudes

Ao comprar...

Carne:

* Pergunte ao seu açogueiro ou ao supermercado que freqüenta de onde vem a carne que você compra. Cerca de 70% das áreas desmatadas são para abertura de novas pastagens. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases causadores do efeito estufa.

Madeira:

* Procure sempre o selo FSC. O selo é a garantia de que a madeira foi retirada corretamente. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases causadores do efeito estufa. Quanto mais incentivamos o manejo sustentável, menores serão os incentivos para desmatar completamente determinadas áreas.

Transporte

* Prefira o transporte público. Além de ser menos poluente, você evitará parte do estresse do dia-a-dia;
* Use bicicleta ou caminhe sempre que possível. É saudável e você estará contribuindo para um planeta mais limpo;
* Se não houver ciclovias, fale com seus representantes políticos para que as construam;
* Para viagens curtas a trabalho ou de turismo, prefira o ônibus.

Carro

* Faça sempre uma revisão. Além de evitar possíveis dores de cabeça, um carro que funciona corretamente consome menos combustível e menos gases causadores do efeito estufa;
* Calibre bem os pneus do seu carro. Os pneus bem calibrados evitam um consumo excessivo de gasolina e dão mais segurança;
* Ao comprar, dê preferência aos veículos flex e que sejam mais econômicos;
* Se puder, abasteça com álcool e não com gasolina.

Em casa

* Procure sempre comprar aparelhos eficientes em consumo de eletricidade;
* Desligue as luzes dos ambientes não utilizados;
* Retire das tomadas os aparelhos em stand-by (os que ficam com as luzinhas vermelhas acesas);
* Instale painéis solares para aquecer a água. A longo prazo, você poupará energia e dinheiro;
* Substitua as lâmpadas principais da casa por lâmpadas fluorescentes compactas, consomem 75% a menos que as convencionais;
* Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando.

No trabalho

* Verifique se as luzes estão desligadas ao sair;
* Seja ativo: forme uma comissão para verificar como a empresa pode gastar menos energia;
* Mantenha os aparelhos de ar condicionado a 25o C;
* Verifique se os aparelhos de ar condicionado estão na sombra. Eles consomem 5% menos se não estiverem no sol.

Se cada um fizer sua parte e divulgar essas dicas, pode ser que consigamos reverter o assustador quadro em que o nosso planeta se encontra hoje.

Profª Mariana

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Geografia da língua portuguesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em destaque, países e regiões onde o Português é língua oficial
A
língua portuguesa é a única língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. É também uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial (com o Espanhol e o Francês), Timor-Leste (com o tétum) e Macau (com o Chinês). É bastante falada, mas não oficial, em Andorra, Luxemburgo e Namíbia. Crioulos de base portuguesa são a língua materna da população de Cabo Verde e Guiné-Bissau.
A maioria dos falantes de português vive em quatro continentes:
África, América do Sul, Ásia e Europa. Contudo, há quase dois milhões de falantes na América do Norte (a maioria nos Estados Unidos da América, Canadá, Bermuda e Antígua e Barbuda). Menos de 50 mil falantes vivem na Oceania.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Gaia, cartas, contos, cantos e encontros.

Com as turmas com as quais trabalho, o projeto Cidadania Planetária está começando a partir do vídeo das 4 ecologias, de Leonardo Boff, que nos foi emprestado pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) e com o texto da "Carta da Terra". Estamos assistindo aos vídeos, promovendo debates e já produzindo os primeiros textos que começarão a aparecer aqui neste blog. Trabalharemos com a língua portuguesa em interdisciplinaridade com as demais matérias. Produziremos textos argumentativos, descritivos, narrativos, cartas e documentos. E também montaremos esquetes teatrais. Problematizaremos conceitos atuais relativos ao tema e executaremos algumas ações comunitárias que serão devidamente documentadas. Houve um início de aula participativa com a apresentação do vídeo para duas turmas onde eu e o Professor Alexandre de química tivemos a oportunidade de trocar informações com os estudantes. Foi altamente estimulante e produtivo. Poderíamos ampliar essa prática com outras disciplinas. Que tal?... Um grande abraço para todos e... VIVA GAIA VIVA!!!

Prof. Sylvio

Quanto custa salvar a Terra...

Na edição 436 da Revista Planeta, de Janeiro/2009 há uma matéria sobre meio ambiente com o título: "Quanto custa salvar a Terra. A matéria feita por Eduardo Aria traz alguns dados muito ilustrativos. Por exemplo quando menciona, logo de início, o fato de que na semana de 12 a 18 de outubro de 2008, no auge da crise econômica, os governos dos principais países do mundo (seja lá o que isso queira significar) despejaram cerca de US$ 4 trilhões no mercado. E ele abre a matéria com a seguinte pergunta: "o que aconteceria se essa quantia fosse destinada ao meio ambiente?". Pois é! Segundo ainda a matéria, investir na redução de emissões de gases-estufa traria ótimo retorno e evitaria gastos futuros. Para Jacques Diouf, da FAO, US$ 30 bilhões por ano evitariam o risco de conflitos ligados a alimentos, permitindo que 862 milhões de pessoas famintas desfrutassem do direito à alimentação e, assim, do direito à vida. Reduzir a poluição atmosférica, preservar matas e garantir água, como mostra a matéria da revista, "são tarefas urgentes e factíveis". Mas para arranjar dinheiro para manter os sistemas financeiros e incentivar o consumo foi rápido. Então que tal salvar o planeta?

Ciência, literatura e economia (Scientific American Brasil)


28/01/2009

Ulisses Capozzoli
A crise econômica mundial pode fazer com que 51 milhões de pessoas em todo o mundo fiquem sem emprego se o ritmo das demissões não for contido por mudanças nas expectativas, segundo relatório anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com isso a taxa global de desemprego subiria para 7,1% contra 6% da estimativa anterior, o que somaria 230 milhões de pessoas sem emprego em todo o mundo. No ano passado os desempregados globais eram 190 milhões.
Na América Latina, tradicionalmente uma das regiões desfavorecidas do mundo, os desempregados podem chegar a 23 milhões, contra os 19 milhões no ano passado.
Crise econômica à parte, o desemprego tem estreita relação com a produção científica, com desdobramentos na tecnologia.
Levando em conta as resistências culturais e interesses imediatos, aparentemente é mais fácil ampliar as fronteiras do conhecimento científico-tecnológico que alterar padrões de comportamento.
Os bancos, em escala global e nacional, são exemplo disso, ainda que não os únicos.
A informatização dos últimos anos nem sempre melhorou a qualidade dos serviços ou reduziu o valor das taxas - ao contrário disso - mas levas de bancários foram desempregados, substituídos pela informatização.
De um ponto de vista histórico não é a primeira vez que isso acontece.
No começo da Revolução Industrial, hordas de desempregados liderados por um certo Ned Ludd (os ludistas) investiram contra as máquinas que roubavam seus empregos e assim ameaçavam suas famílias.
Na Inglaterra, o parlamento criou uma lei condenando à morte os trabalhadores indignados que destruíssem as máquinas que os ameaçavam. Foi quando Lorde Byron, membro do parlamento, fez um histórico pronunciamento a favor dos humanos.
George Gordon Byron (1788-1824), mais conhecido como Lorde Byron, é um dos mais importantes poetas ingleses e figura proeminente do romantismo.
Foi um dos primeiros escritores a descrever os efeitos da Cannabis sativa (maconha) no organismo, numa linhagem que passou, entre outros, por Aldous Huxley e Thomas de Quincey. Gente lúcida e comprometida com a dignidade humana.
Autor de obras como Perigrinação de Childe Harold e Don Juan, Lorde Byron ficou famoso não apenas por sua inteligência - considerada muito acima do padrão - e seus escritos, mas também por um estilo de vida tido como extravagante (amantes e dívidas, entre outros).
Lorde Byron morreu em combate, ao lado de tropas gregas que lutavam pela independência da opressão turca.
Irônica e curiosamente, Ada Lovelace, filha dele, colaborou com Charles Babbage para o desenvolvimento do que hoje é considerado o ancestral dos computadores.
Encaminhamentos mais promissores para a resolução da crise global talvez estejam mais próximos de gente como Lorde Byron, com lucidez e total descomprometimento com as regras estabelecidas.
De certa forma - guardadas todas as proporções - também foi o que aconteceu com outro britânico, Lorde Keynes, peça fundamental na superação da crise do fim dos anos 20 do século passado pela intervenção do Estado na economia, o que define os últimos limites do liberalismo econômico praticado até então.
Um dos problemas atuais é que parece não haver substitutos para gente como Lorde Byron e Lorde Keynes.

Cidadania e degeneração ambiental (Scientific American Brasil)

18/02/2009
Cidadania e degeneração ambiental
Ulisses Capozzoli
Noticiário distribuído pelas agências de notícias internacionais informa que o número de mortos em incêndios florestais na Austrália chegou a 200 ontem. E este número pode aumentar, dependendo do que a polícia encontrar entre as cinzas e escombros de cidades consumidas pelo fogo.
O que até recentemente parecia pura ficção científica a cada dia materializa-se na mais evidente realidade.
As modelagens envolvendo o aquecimento global por efeito antrópico com impacto na mudança climática desenvolvidos já no começo da década passada apontavam quase que unanimemente para algumas catástrofes e os incêndios florestais eram parte delas.
Isso não impediu que parte de um pensamento conservador , entre os quais muitos dos auto-denominados “céticos”, tentassem desqualificar este cenário com o argumento de efeito duplo que o aquecimento global tem razões naturais.
De fato, a Terra já teve períodos de temperaturas globais mais elevadas, aparentemente por variação no padrão de radiação solar.
Mas isso não pode ser confundido com efeitos produzidos por atividades humanas. Pelos padrões naturais, lentos, as espécies têm chance de melhor adaptação, ainda que muitos organismos acabem extintos.
O efeito antrópico, no entanto, ao longo de algo como dois séculos, é rápido demais para essa reacomodação das formas de vida e o resultado disso tende a ser observado sob a forma de tragédias: tempestades violentas, incêndios florestais e outros desregulamentos climáticos.
O que cada um pode fazer para amenizar uma degradação ainda maior nas condições climáticas?
Talvez não muita coisa. De qualquer forma, compreender que a Terra é nossa casa cósmica e tratá-la com respeito (já que um pouco de amor é pedir muito) é o mínimo que pode ser feito.
Plantar uma árvore, em vez de derrubar as que já existem, resistir ao consumismo desenfreado (nisto a crise econômica dá uma contribuição significativa) e pensar cada um dos atos do cotidiano, certamente podem ser úteis ainda que não revertam a situação.
A complexidade climática assegura que não há como retornarmos a uma condição anterior.
Os físicos chamam esses processos de irreversibilidade. Quebre um ovo para fazer uma omelete e tente reconstituí-lo para saber o que é a tal irreversibilidade.
Mas há uma reversibilidade possível.
Nesta segunda-feira parte das ruas da Vila Madalena, bairro pretensamente “descolado” da cidade de São Paulo, parecia o dia seguinte da passagem de um tufão.
O lixo espalhado pelas chuvas do fim de semana era a imagem do caos.
Mas as pessoas podem aprender a ser mais urbanizadas.
A prefeitura deveria exigir a construção de pequenas plataformas para a colocação do lixo, para evitar que esses restos sejam arrastados pelas águas, entupam os canais de escoamento e com isso produzam desastrosas inundações.
Isso exige apenas um mínimo de consciência social.
Portanto é um processo reversível.
Embora pareça irremediavelmente irreversível.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

À Grande Comunidade


(Depois de assistir ao vídeo sobre as 4 ecologias, de Leonardo Boff)

Percebo que formamos a grande comunidade da vida e que não podemos deixar o mundo do jeito que está. Precisamos arranjar um modo de produção que seja menos poluente e ter um modo sustentável de vida, ou seja, ter mais equilíbrio e conscientização em relação ao meio ambiente. Devemos ser mais cooperativos e solidários.

Aline Pereira Carvalho (Turma 3001)

Valeu Aline!!!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

INTERSER


Se você for poeta, verá nitidamente uma nuvem passeando nesta folha de papel. Sem a nuvem, não há chuva. Sem a chuva, as árvores não crescem. Sem as árvores,não se pode produzir papel. A nuvem é essencial para a existência do papel. Se a nuvem não está aqui, a folha de papel também não está. Portanto, podemos dizer que a nuvem e o papel "intersão". "Interser" é uma palavra que ainda não se encontra no dicionário, mas se combinarmos o radical "inter-" com o verbo "ser", teremos um novo verbo: interser.

Se examinarmos esta folha com maior profundidade, poderemos ver nela o sol. Sem o sol não há floresta. Na verdade, sem o sol não há vida. Sabemos, assim, que o sol também está na folha de papel. O papel e o sol intersão. E se prosseguirmos em nosso exame, veremos o lenhador que cortou a árvore e a levou à fábrica para ser transformada em papel. E vemos o trigo. Sabemos que o lenhador não pode existir sem seu pão de todo dia. Portanto, o trigo que se transforma em pão também está nesta folha de papel. O pai e a mãe do lenhador também estão aqui. Quando olhamos dessa forma, vemos que sem todas essas coisas, esta folha de papel não teria condição de existir.

Ao olharmos ainda mais fundo, também vemos a nós mesmos nesta folha de papel. Isso não é difícil porque, quando observamos algum objeto, ele faz parte da nossa percepção. Sua mente está aqui, assim como a minha. É possível, portanto, afirmar que tudo está aqui nesta folha de papel. Não conseguimos indicar uma coisa que não esteja nela - o tempo, o espaço, o sol, a nuvem, o rio, o calor. Tudo coexiste nesta folha de papel. É por isso que para mim a palavra interser deveria ser dicionarizada. "Ser" é "interser". Não podemos simplesmente ser sozinhos e isolados. Temos de interser com tudo o mais. Esta folha de papel é, porque tudo o mais é.

Imagine que tentemos devolver um dos elementos à sua origem. Imagine tentarmos devolver a luz do sol ao sol. Você acha que a folha de papel ainda seria possível? Não, sem o sol, nada pode existir. Se devolvermos o lenhador à sua mãe, tampouco teremos a folha de papel. O fato é que esta folha de papel é composta apenas de elementos não-papel. Se devolvermos esses elementos que não são papel às suas origens, não haverá papel algum. Sem esses elementos não-papel, como a mente, o lenhador, o sol e assim por diante, não haverá papel. Por mais fina que esta folha seja, tudo o que há no universo está nela.


Thich Nhat Hanh

(Monge budista, vietnamita, professor Zen, poeta e "advogado da paz")

Jota Quest canta a ecologia com Zé Ramalho

Olá, pessoal,

Estou deixando essa matéria para quem gosta de boa música.

Abraço,
Profª Mariana

"Mesmo com a fumaça, dá para ver/ A incessante sinfonia da floresta/ Respirando pelo mundo/ Vendo tudo acontecer". O trecho acima é da faixa-título do novo CD do Jota Quest, Oxigênio, e foi feita pelo vocalista Rogério Flausino (que atualmente ostenta cabelos laranja, a mesma cor do refrigente que patrocina a banda) com o eterno batalhador das causas ecológicas Zé Ramalho. Depois do hit Fácil, a banda mineira optou por uma postura mais engajada em seu novo disco. A música pega carona no momento político atual do país, em que o Congresso Nacional se divide entre a preservação das nossas matas naturais e a liberação para o início da sua extinção. Oxigênio poderá ser ouvida nas rádios de todo Brasil nos próximos dias. Já o disco deve sair em meados de julho.

Imagens que falam



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ADESÃO

Adesão à Carta da Terra

A adesão de pessoas ou organizações à Carta da Terra significa um compromisso com o espírito e os propósitos do documento. É uma indicação de que eles têm a intenção de utilizar a Carta da Terra de maneira apropriada segundo a sua situação. A adesão também significa um compromisso de trabalho na implantação dos valores e princípios da Carta da Terra e a disponibilidade para cooperar com outras pessoas neste esforço.

Existem muitas outras maneiras pelas quais os avalistas podem ajudar a fomentar os objetivos da Iniciativa Carta da Terra. Por exemplo, uma organização poderá utilizar o documento para rever suas operações e modificar suas atividades com o objetivo de melhor refletir os princípios da Carta da Terra. A organização também poderia integrar a Carta em seus programas educacionais.

Declaração de Adesão:

Adicionalmente espera-se que todo aquele que aderir à Carta da Terra:
  1. Promova ativamente a Carta da Terra e siga o Guia para Ação;
  2. Contribua com a Iniciativa da Carta da Terra e com os projetos de ação inspirados na Carta da Terra, da maneira mais pertinente;
  3. Implante a Carta da Terra em seu/sua vida, organização e em sua vida pessoal.

O COMPROMISSO

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.

Princípios (Carta da Terra)

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.

  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.

  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.

  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

Princípios (Carta da Terra)

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.

  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.

  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.

  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

Desafios Futuros (da Carta da Terra)

RESPONSABILIDADE UNIVERSAL

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

"Amazônia informa"


Quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Eletroacre e Guaspor admitem erro por derramamento de 25 mil litros de óleo diesel em rio da Amazônia.


RIO BRANCO, AC - Em audiência realizada na Justiça Federal, a Eletroacre, a Guascor do Brasil e a empresa AM Barreto, assumiram as responsabilidades pelo derramamento de 25 mil litros de óleo diesel ocorrido no Rio Purus, comprometendo-se a atender aos pedidos da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Acre e pelo Ministério Público acreano. O incidente ocorreu no município de Santa Rosa do Purus, distante 850 Km de Rio Branco, e acessível apenas por via área ou fluvial.

Agora as empresas têm 60 dias para cumprir as exigências da ação, principalmente no que toca à retirada dos dois tanques de óleo que ainda encontram-se submersos, oferecendo risco de dano ambiental. A Eletroacre e a AM Barreto deverão apresentar, também, pedido de licenciamento ambiental para o transporte de insumos perigosos.

Com o acordo, a ação civil pública fica suspensa pelo prazo de 60 dias. Se os pedidos não forem integralmente atendidos, a ação deverá ter prosseguimento, sem prejuízo de outras sanções às demandadas.


Ressonância Schuman (Agência Humanidade)

A Era de Aquario
A Ressonância Schumann . Não apenas as pessoas mais idosas , mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.Esse sentimento é ilusório ou tem base real? Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão, W.O.Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida.Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.Empiricamente, fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa frequência biológica natural.Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde.Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir de anos 1980, e de forma mais acentuada a partir de 1990, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo.O coração da Terra disparou!. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros.Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão pela qual, todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra. Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes estudiosos do cosmos e biólogos, de que a Terra é efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.Nós seres humanos, somos como a Terra que sente, pensa, ama e venera. Por que somos isso? Porque possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondasressonantes Schumann.Se quisermos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.
(JB)Leonardo Boff.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eu, etiqueta ( Carlos Drummond de Andrade)

Aí galera, para vocês um poema sobre a nossa sociedade de consumo.

"Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartórioUm nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente

Um abraço para todos nossos alunos e professores...
Reflitam: Quem é você na sociedade contemporânea?

Profa. Liana Tórtora

Atitude... (A árvore no meio do caminho)

O perigo de jogar lixo (karma)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O planeta está ameaçado pela poluição - A sujeira se acumula Lixão do Pacífico

Entre o litoral da Califórnia e o Havaí, uma área enorme ganhou um triste apelido: o Lixão do Pacífico. Levadas pela corrente marítima, toneladas e toneladas de sujeira, produzidas pelo homem, se acumulam num lugar que já foi um paraíso.

Um oceano de plástico, uma sopa intragável, de tamanho incerto e aproximadamente 1,6 mil quilômetros da costa entre a Califórnia e o Havaí e que, segundo estimativas, seria maior do que a soma de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.

É o Pacífico, o maior dos oceanos, agredido pela humanidade onde a humanidade raramente chega. Há plástico e plâncton, lixo e alimento, tudo misturado. Poluindo o paraíso, confundindo as aves, criando anomalias - como a tartaruga que cresceu com um anel de plástico em volta do casco - e matando os moradores do mar.

Mas qual será afinal o tamanho exato gigantesca massa de lixo que se acumula no Oceano Pacifico? Será que a gente ainda tem tempo para limpar tudo isso? E os animais? Se adaptam ou sofrem as consequências?

Para ler o resto da matéria e assitir ao video, acessem: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1003242-15605,00-O+PLANETA+ESTA+AMEACADO+PELA+POLUICAO.html

Boa noite a todos,
Profª Mariana

sábado, 14 de fevereiro de 2009

RECICLANDO PAPEL

Como reciclar papel
Você vai precisar de:
* papéis usados que você descartaria no lixo, como embrulhos, caixas, folhas,
envelopes, revistas, sobras de cartolina, cartões, jornais, etc.
* um recipiente (como lata de leite, vidro grande, etc) para cada tipo de papel
* liqüidificador
* bacia funda
* peneira plástica de fundo plano (ou tela pregada em moldura de madeira),
que caiba na bacia (com certa folga)
* panos velhos
Pique os papéis, cada tipo ou cor numa vasilha com água. Deixe de
molho por 24 horas.
(O papel pode ficar de molho por semanas, desde que em recipientes
limpos).
Coloque uma xícara deste papel umedecido no liqüidificador, com água até 3/4.
A própria "água do molho" pode ser aproveitada. Bata a mistura aos poucos e
sinta com a mão até obter a textura desejada.
Batendo pouco, você obterá uma mistura com "pedacinhos" do papel original, às
vezes até com letras inteiras.
Quanto mais você bater, mais homogênea ficará a mistura.
Mas não bata demais; isso deixa o papel quebradiço, e não mais fino.
Despeje o papel batido na bacia com água até a metade.
Agite a mistura com a mão para as partículas de papel não assentarem no
fundo.
Mergulhe a peneira pela lateral da bacia até o fundo, subindo-a
lentamente, sem incliná-la, "pescando" as partículas em suspensão.
Uma camada de papel se forma sobre a peneira.
Se desejar um papel mais grosso, adicione papel batido à bacia,
agite e peneire novamente.
Passe a mão várias vezes sob a peneira inclinada para escorrer a água.
Coloque a peneira sobre jornal, para secar a superfície inferior.
Troque o jornal até que este não fique mais molhado.
Ainda sobre o jornal, cubra a peneira com um pano e aperte como uma
massa de torta na forma, para secar a superfície superior da folha.
Use vários panos até que estes não fiquem mais molhados.
O papel ainda estará úmido, mas não deverá molhar a mão no toque.
Vire a peneira sobre jornal seco e dê vários tapas no fundo.
A folha deve soltar.
Se o papel estiver muito úmido a folha não cai, (daí desvire a
peneira e repita a etapa 7).
Coloque a folha entre jornais secos, e deixe-a secar até o dia seguinte.
Pronta, esta folha poderá ser escrita, cortada, dobrada , colada, pintada,
datilografada, enfim, usada como papel.
As sobras de papel picado ou batido podem ser peneiradas e espremidas,
e guardadas em potes tampados para futura reciclagem, ou descartadas
separadamente para coleta seletiva e reciclagem industrial.
A água que sobra na bacia pode ser despejada no vaso ou no jardim

(mais informações no site www.inovação.usp.br/usp_recicla/reciclePapel.pdf de onde foi tirado o texto acima.)

Ações de Cidadania Planetária

Se você sabe de algum exemplo de ações que são desenvolvidas em seu bairro, sua cidade, seu país, seu planeta, faça um comentário aqui e ele passará para a página central do blog. Seja um repórter do nosso jornal, seja um verdadeiro pesquisador, ator e cidadão do planeta! Quem será o primeiro? Mas você também pode sugerir alguma ação a ser desenvolvida em nome da cidadania planetária. Vamos começar agora!?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Da Carta

A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

Carta da Terra (Preâmbulo)

O texto da Carta da Terra

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

Carta da Terra

O que é a Carta da Terra?

A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltada para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação.

A Carta da Terra se preocupa com a transição para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento humano sustentável. Integridade ecológica é um tema maior. Entretanto, a Carta da Terra reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico eqüitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis. Consequentemente oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um futuro sustentável.

A Carta da Terra é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos.

A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. Esse processo é a fonte básica de sua legitimidade como um marco de guia ético. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações, incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.

À luz desta legitimidade, um crescente número de juristas internacionais reconhece que a Carta da Terra está adquirindo um status de lei branca (“soft law”). Leis brancas, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos são consideradas como moralmente, mas não juridicamente obrigatórias para os Governos de Estado, que aceitam subscrevê-las e adotá-las, e muitas vezes servem de base para o desenvolvimento de uma lei strictu senso (hard law).

Neste momento em que é urgentemente necessário mudar a maneira como pensamos e vivemos, a Carta da Terra nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um melhor caminho. Alianças internacionais são cada vez mais necessárias, a Carta da Terra nos encoraja a buscar aspectos em comum em meio à nossa diversidade e adotar uma nova ética global, partilhada por um número crescente de pessoas por todo o mundo. Num momento onde educação para o desenvolvimento sustentável tornou-se essencial, a Carta da Terra oferece um instrumento educacional muito valioso.

Clovis vem aí!

Prof. Clovis preparando seus projetos, avisa que mandará sua contribuição para o blog. Um grande abraço para ele!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CIDADANIA E MEIO AMBIENTE

20/3/2005 -

A cidadania planetária na visão da economista Hazel Henderson.

A economista Hazel Henderson veio ao Brasil para divulgar o lançamento do novo livro. Ela disse que " a cidadania planetária não é nenhum grande projeto ambicioso. Qualquer pessoa pode ser um cidadão planetário. Isso significa que a pessoa pode tomar responsabilidade por sua família, pelo meio ambiente e trabalhar para fazer a coisa certa em cada área da sua vida. Por exemplo, um artista pode ser um cidadão planetário. Uma mãe pode ser uma cidadã planetária".
Todos fazemos parte da grande família e habitamos a mesma pequena espaçonave chamada Terra. É essa a imagem que, segundo Hazel, deve nortear as nossas ações. "Isso pode significar reciclar, economizar energia, plantar, cuidar das crianças, ser um bom cidadão em todos os níveis e não apenas no nível planetário." A construção de uma cultura de paz e não-violência passa por uma mudança de postura, principalmente, dos meios de comunicação de massa.
Haze Henderson : "São eles, segundo Hazel, atualmente os maiores transmissores da violência ao redor mundo. Naturalmente, diz ela, eles devem cobrir as noticias como as explosões no Iraque, por exemplo. Mas programação violenta e a propaganda moldam a cultura. E eu penso que nos devemos ter a mídia também como cidadã planetária e muito mais responsável. A mídia também tem que fazer a sua parte".
E as crianças? Como deve ser a educação para a cidadania planetária? A futuróloga diz que ela cresceu estudando nos mapas dos livros de Geografia. E seu neto vê imagens de todo o planeta e do Universo. Está exposto a uma grande diversidade de culturas. A tolerância e a resolução dos conflitos devem ser ensinadas às crianças mas nós também temos que aprender isto."

Livro "Cidadania Planetária "- Hazel Henderson e Daisaku Ikeda . Editora Brasil Seikyo.

Autor:
Reportagem: Maria Zulmira de Souza. Pauta: Marici Arruda. Pos-Produção: Roberto Passos. Finalização : Marcos Passos

Campanha "Descubra o verde"

Olá, queridos! Eu, professora Isabela, amei a idéia do projeto! Como primeira contribuição, deixo o link para o vídeo da campanha "Descubra o verde". Na próxima semana, levarei o texto com a letra da música da campanha e discutiremos em sala, ok? "[...] SEI QUE TE FIZ MAL, MAS AGORA EU VOU MUDAR! EU JÁ DECIDI, VOU DESCOBRIR O VERDE DESSE INVERNO, NÃO QUERO MAIS GRIS, JÁ DECIDI, VOU DESCOBRIR QUE É HORA DE CUIDAR E TE ABRAÇAR, POIS VOCÊ FAZ PARTE, PARTE DE MIM!" Nosso carinho com nossa casa" Beijosss = )

Link: http://video.discoverybrasil.com/services/link/bcpid1529573477/bctid1539406958

Relógio do Mundo

O prof. Grossi mandou aqui para o blog o endereço de um site que marca constantemente a estatística mundial como por exemplo: mortes, nascimentos, produção de automóveis, de bicicletas, petróleo, abortos, desmatamento, espécies extintas etc.
O endereço é: http:/www.poodwadle.com/clocks2es.htm

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Novas regras ortográficas

Aqui vai o endereço de um site que faz correção ortográfica num clique, de acordo com as novas regras: http://ramonpage.com/ortografa/

Como fazer bancos com garrafas pet

Boa noite, colegas,

Achei este site que tem uma apostila para download que explica como fazer bancos com garrafa pet: http://www.puxai.com/2008/11/como-fazer-bancos-com-garrafas-pet.html

Profª Mariana

Projeto decolando no turno da manhã.

Professores do turno da manhã estão começando a apresentar aos alunos o projeto Cidadania Planetária e percebem que a aceitação e a adesão já estão acontecendo. Prof Elisângela já tem em mãos alguns bons textos de seus alunos. Paulo prepara sua viagem através da química dos alimentos. Márcio tem ótimas idéias e já algumas propostas de ações, todas muito interessantes. Lúcia e Ricardo vão partir para os números e sua importância para a nossa Gaia, a Terra Mãe. As turmas 1003, 2002 e 3001 assistiram ao vídeo do Leonardo Boff sobre as 4 Ecologias (ambiental, social, mental e integral). Os debates começaram a acontecer. Essas turmas vão produzir alguns textos das suas impressões sobre o vídeo. Muito conteúdo interdisciplinar foi apresentado no vídeo que além de seu conteúdo filosófico, sociológico e de espiritualidade, também traz algumas estatísticas fundamentais. Traz também informações sobre aminoácidos, código genético, oxigênio, salinidade das águas do mar, nitrogênio, dióxido de carbono. A hipótese Gaia. O big-bang. Cooperação x competição, e muito mais. Foi o Centro de Defesa dos Direitos Humanos que nos emprestou o DVD. ATENÇÃO PROFESSORES, MANDEM SUAS MENSAGENS PARA O BLOG!!! A CONTRIBUIÇÃO REPRESENTARÁ O SUCESSO DO PROJETO E FARÁ NÓS TODOS MAIS FELIZES! GAIA SORRIRÁ AGRADECIDA! VIVA GAIA VIVA!!!

O Homem e o Mundo

Boa tarde a todos,

Sou a professora Mariana, de Língua Portuguesa. Hoje trabalhei com meus alunos o texto a seguir, espero que gostem:

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.
De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
-Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho!
Faça tudo sozinho.

Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
-Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
-Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
-Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.


Pretendo, em minhas aulas, trabalhar com as diferentes linguagens na mídia sobre Ecologia e Educação e discutir, também, algumas leis ambientais.

Encerro com esta frase de Victor Hugo:
"É triste pensar que a natureza fala e que o ser humano não a ouve."