domingo, 26 de setembro de 2010

CARLOS OSWALD

CARLOS OSWALD

Carlos Oswald e busto esculpido por P. Mazzuchelli Carlos Oswald nasceu em Florença, Itália, aos 18 de outubro de 1882, filho primogênito do compositor brasileiro Henrique Oswald, e de Laudômia Bombernard Gasperini. Do pai, vem-lhe o sangue suiço-alemão (do avô Jean-Jacques Oschwald, que simplificou seu sobrenome para Oswald), e o italiano, da avó paterna Carlotta Luiza Horácia Cantagalli, nascida em Livorno. Da mãe, herda o sangue francês da avó, Maria Bombernard, e o toscano puro dos Gasperini.

Foi registrado como brasileiro no Vice Consulado do Império do Brasil em Florença e batizado com os nomes de Carlos Julião Jaime Ignacio Alexandre Maria na Basílica de S. João Baptista de Florença, igreja onde tambem foram batizados gênios como Giotto, Miguel Ângelo, Boticelli e outros artistas plásticos.

Teve quatro irmãos: Alfredo Mário Henrique Alberto Leão; Maria Carla Horácia Ana; Charlotte Marie Herminie, morta aos três anos de idade, e a caçula, Henriqueta Margherita.

Carlos Oswald quando criançaSua infância foi tranqüila. Faz os estudos preparatórios na "Scuole Pie" dos jesuitas. É aluno diligente, ganhando prêmios ao fim de cada ano e escolhendo o violoncelo como instrumento a ser estudado. Alfredo e as irmãs estudavam piano. Em ambiente absolutamente musical, Carlos acostumou-se a dormir todas as noites ao som do piano do pai, do canto da mãe, excelente contralto, e da música de câmara executada por músicos que freqüentavam a casa.

Henrique Oswald jamais deixou que afrouxassem os elos que o prendiam ao Brasil. Recebia sempre os brasileiros que passavam por Florença, como nos dá o depoimento do autor de "Ana em Veneza", João Silvério Trevisan, quando nos conta da passagem de Alberto Nepomuceno pela casa dos Oswald em Fiesole, bairro de Florença onde nasceu Carlos. O padrinho de Carlos foi Ignacio Porto Alegre, filho de Manoel de Araujo Porto Alegre.

Carlos estuda violoncelo com o grande violoncelista florentino Cinganelli. Em breve, entanto, descobre não ser esta sua vocação. Era excessivamente tímido, o que prejudicava as apresentações em público. Entusiasma-se com os progressos das ciências, e resolve ser engenheiro. Em julho de 1898 submete-se ao primeiro exame para a admissão ao Instituto Técnico Galileu Galilei, que formava os futuros engenheiros. Cursa até o quarto ano, faltando um apenas para tornar-se engenheiro. Mas contenta-se com o diploma de físico-matemático, e resolve não atrasar mais sua verdadeira vocação, que reconhecia, não era nem música nem ciência, mas a pintura. Antes da resolução definitiva hesitou ainda; pensou em ser arquiteto, carreira que o seduzia, chegando a fazer estudos neste sentido. Inscreveu-se na Escola de Diplomacia (com vistas em uma carreira no Brasil, seu objeto de desejo maior) e até pensou em ingressar na Escola de Química. Mas a Arte reivindicou seus direitos, e ei-lo enfim matriculando-se na Academia de Belas Artes, onde seguirá o curso de modelo vivo.

Na Academia não somente todas as línguas eram faladas, visto para ela acorrerem estudantes de todo o mundo, mas também debatiam-se todas as correntes artísticas. Carlos então toma conhecimento, em primeiro lugar, dos "impressionistas", (na Itália os "macchiaoli", movimento impressionista independente do dos franceses). Na Academia freqüenta também a aula de pintura. Mais tarde abjurará seus métodos, defendendo a maior liberdade artística do aluno. Ouve também conselhos do pintor Odoardo Gelli, seu primeiro professor, "o grande apaixonado das cores", faz cópias em museus e percorre os campos buscando uma que foi de suas grandes paixões, a paisagem.

Tendo seu pai Henrique Oswald fixado residência no Brasil, nomeado para o cargo de diretor do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, Carlos começa a enviar quadros para serem expostos no Salão. Em 1904 consegue a "Menção Honrosa de 1º grau", com 'Paisagem à beira do Arno'.

Carlos percorre cidades da Itália: Veneza, San Gemigniano, Forte dei Marmi, importante em sua obra pelos estudos de bois que ali realizou e que usaria em quadros e painéis futuros. Em 1904 ganha no Salão deste ano a "Menção Honrosa de 2º Grau", com outra paisagem: 'Pinheiral em Viareggio'. Carlos resolve então expor no Brasil e para aqui parte pelo vapor "Minas Gerais" chegando em junho de 1906.

Sua emoção é profunda. Tendo no âmago de sua alma o sentimento da cidadania brasileira, é quando em contato com a cor e a luz de nossa Terra que expande sua arte, procurando na paisagem e nas pessoas realizar-se completamente como artista. Mora na Tijuca e de lá se desloca para conhecer toda a cidade. No Jardim Botânico descobre a palmeira, que será tema de futuras gravuras e quadros. Vai ao Corcovado, que mais tarde ajudará a coroar com a imagem do Cristo Redentor. Visita nossas igrejas barrocas, maravilhando-se e afirmando: "...neste gênero o Brasil atinge um nível superior a tudo que se executou neste período na Europa." Conhece as praias e pinta o mar. Vai ao Campo de Sant'Ana e ao Passeio Público, pintando as centenárias figueiras.

Aqui pinta o autoretrato à maneira de Carrière, monocromático, que expõe no Salão de 1907. Já em 1906 recebera crítica favorável do Gonzaga Duque, conhecido crítico de arte, sobre seu quadro "O Violinista".

Sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro dá-se no ano de 1907. As críticas são favoráveis e Carlos retorna revigorado a sua Florença para terminar o curso na Academia.

Já então pintor feito, Carlos começa a colher os primeiros resultados de seu trabalho. Vê quatro quadros seus serem aceitos na "Promotrice" de Florença, conceituada exposição anual que aceitava pintores de qualquer nacionalidade, sujeitos entretanto à avaliação.

Carlos viaja pela Itália, enriquecendo o próprio acervo de imagens, com a intenção de ampliar suas possibilidades. Absorve as novas tendências, que passariam pelo crivo de sua sensibilidade, na escolha de um estilo próprio.

Em 1908 começa a trabalhar no ateliê de Carl Strauss, agua-fortista americano de origem alemã. É quando descobre a gravura em metal, que seria uma paixão em sua vida. Visita a Alemanha, onde expõe e estuda, apresentando já uma técnica segura e definitiva.

Em 1910 é convidado pelo Governo do Brasil a decorar a "Sala de Música" do Pavilhão Brasileiro na Exposição Internacional de Turim. A seu lado, o que havia de mais representativo da arte brasileira: João e Arthur Timotheo da Costa, Carlos e Rodolfo Chambelland, Eugênio Latour, etc. Como os trabalhos deveriam ser executados em Paris, para lá parte ele, quando aluga uma sala para usar como ateliê e toma conhecimento de todas as vanguardas francesas. Sofre a influência do lionês Puvis de Chavanne cujo estilo o influenciaria daí por diante quando de execuções de murais. Esta exposição em Turim, de grande importância histórica para o Brasil, seria praticamente esquecida, pois foi toda desmanchada no término da mesma.

A família toda se transferiria em seguida para o Brasil pois Henrique Oswald fora oficialmente chamado a ocupar uma cátedra de piano no Instituto Nacional de Música (hoje Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro).

Em 1913 Carlos embarca com seu irmão Alfredo para o Rio de Janeiro, pensando ele em fazer exposições aqui e depois retornar a Florença, onde deixa inclusive um ateliê montado, e seu irmão Alfredo a cumprir contratos de uma série de concertos em que se apresentaria como pianista. Os dois pensavam em retornar logo à Europa, mas com o advento da l&ardm; Guerra Mundial, adiariam seus planos. Carlos integra-se à vida artistica do Rio de Janeiro, apresentando seus trabalhos em uma exposição em conjunto com o amigo Eugène Latour. Logo em seguida, sendo convidado para inaugurar a Oficina de Gravura do Liceu de Artes e Ofícios, da Sociedade Propagadora de Belas Artes, entidade quase centenária, resolve estabelecer-se definitivamente no Brasil, o que aliás sempre fora seu desejo maior.

Funda então o que viria a ser a "Escola Carioca de Gravura" a primeira do Brasil e que formaria excelentes gravadores. Daí por diante, Carlos passa a ser o grande difusor da Gravura, presente em todas as suas manifestações.

Carlos Oswald e esposaCasa-se em setembro de 1917 com Maria Gertrudes Menezes Bicalho, filha do engenheiro Francisco Bicalho, construtor do Cais do Porto do Rio de Janeiro, da nova capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, da abertura da Avenida Central, e outros grandes empreendimentos de nossa engenharia.

Maria Gertrudes, tratada por todos de Lilita, era gêmea, e teve em sua primeira gestação os gêmeos Francisco de Paula e Henrique Carlos, logo seguidos por Maria Isabel, José Lucas, Maria Beatriz, Maria Carlota, e Maria Thereza, totalizando em pouco tempo sete filhos. Lilita foi maravilhosa companheira por mais de cinqüenta anos, sempre atenta para que Carlos pudesse dedicar-se inteiramente ao seu trabalho.

Exposição em 1918Foi realmente a partir de 1918 que a carreira de Carlos se firmou. Grande êxito nas exposições realizadas, permitiram-lhe já em 1918 construir sua casa na Rua Piratini 78, mais tarde Carmela Dutra, onde residiu toda a vida, dividindo-a entretanto com a casa de Petrópolis, à Rua Carlos Gomes 42, comprada por seu pai e que ele compraria mais tarde das irmãs, fazendo tanto da casa da Tijuca como da de Petrópolis, um centro de expansão da Arte.

Em 1918 conhece o poeta Paul Claudel e seu secretário Darius Milhaud, desenvolvendo com ambos uma bela amizade. Fez de Milhaud, que se celebraria mais tarde na França como um dos elementos da música de vanguarda, integrando o Grupo "Les Six", um retrato cubista, que levado para Paris fez muito sucesso.

Na primeira década do século, a pintura de Carlos é quase exclusivamente profana. São paisagens, naturezas mortas, retratos, composições com a figura da mulher. Seu nu "Estudo de reflexos", premiado na Exposição Promotrice de Florença, hoje no Museu Nacional de Belas Artes, em estilo impressionista, dá bem idéia de sua pintura nesta época. Pinta também muito composições com a figura do boi que estudara em Forte dei Marmi, de onde nos vem o mármore de Carrara. Um dos mais conhecidos, também do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, é o "Último Esforço", óleo onde se vê bois no esforço de puxar um navio para a terra. Existe uma gravura com o mesmo tema, talvez das mais belas de sua obra.

Na segunda década do século, Carlos pinta sobretudo a mulher, mas aí já em seus afazeres domésticos, mais a mulher-mãe, a mulher-irmã, a mulher-esposa. E começa então a pintar seus primeiros quadros sacros: "Eu sou a Luz do Mundo", seu primeiro Sagrado Coração de Jesus. Ele estava então no auge dos estudos sobre efeitos de luz, usando o resultado de suas pesquisas em quase todos os quadros pintados nesta época. Aliás era então conhecido como o pintor dos efeitos de luz, e a crítica o saúda por isto. É desta época também um de seus quadros que mais sucesso alcançou. Pintado inicialmente para a Igreja do Brás em São Paulo, Carlos iria repetir esta composição em outro quadro que foi editado pela Stehli&Frères da Suíça que o divulgaria por todo o mundo ocidental. Trata-se da "Santa Ceia do Senhor" reproduzida por centenas de vezes, guardando sempre a composição, mas variando na cor, no ambiente, nas expressões dos Apóstolos. Deste quadro aliás já aconteceram muitas falsificações, a maioria delas grosseira o que denuncia imediatamente sua origem.

É também por volta de 1915 que Carlos tem sua primeira encomenda para um mural. Trata-se dos dois murais que se encontram no Palácio S. Joaquim, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, representando a "Primeira Missa no Rio de Janeiro" e "A batalha dos Tamoios". Também executou o "plafond" para a Capela do mesmo Palácio.

As duas primeiras décadas do século foram talvez as mais férteis na produção de Carlos Oswald. Ele via seu talento reconhecido, a família crescendo, os trabalhos se multiplicando.

Com o advento do modernismo, depois da Semana de Arte Moderna de 1922, as encomendas oficiais começaram a rarear. Não acompanhando as novas tendências, permanecendo fiel à sua maneira de entender e fazer arte, Carlos prosseguiu em seu trabalho, acompanhado por um público sempre crescente, que o apoiava. A partir de 1930 as encomendas de quadros de assunto religioso sobressaiam-se em sua obra. Painéis para igrejas, vitrais, cenas do Evangelho, que ele realizava com a religiosidade que lhe era peculiar.

O trabalho de gravador e professor continuava. Lecionando ainda no Liceu, Gravura e Desenho, continuava em sua residência regularmente o ofício de gravador, executando nesta época algumas de suas mais belas gravuras.

Em 1946 funda com alguns colaboradores a S.B.A.C. Sociedade Brasileira de Arte Cristã que se propunha não somente difundir como controlar o mau gosto imperante em algumas igrejas. Por meio de artigos em jornais e revistas, de conferências e exposições, a S.B.A.C. vai difundindo novos conceitos de Arte Sacra, ganhando adeptos e se espalhando pelo Brasil.

Em 1943 Carlos mandara vir de Petrópolis a prensa que pertencera a Henrique Bernardelli, cópia da de Rembrandt. E a Rua Piratiny 78, na Tijuca, passa a ser mais um núcleo de gravura, aberto à impressão de alunos e amigos.

Em 1946, com Tomás Santa Rosa e Alex Leskoschek, inicia um curso de Gravura na Fundação Getúlio Vargas, que embora tenha durado apenas um ano, despertou para a gravura artistas como Fayga Ostrower e outros.

Fundou também por esta época o "Ateliê de Arte", tendo como companheiros seus ex-aluno José d'Avila, seu filho Henrique C. Bicalho Oswald, e o gravador austríaco Hessheimer. A alma do empreendimento era o húngaro Peter Morris, um idealista que arriscou tudo o que tinha nesta empreitada que infelizmente não logrou êxito.

Carlos Oswald participou durante anos do Júri para os Salões Oficiais da Escola de Belas Artes. Também era presença obrigatória em qualquer Concurso ou Salão quando se tratava de Gravura. Foi membro do Conselho de Arte do I.B.E.U. tendo atuação ativa e empreendedora.

Cristo RedentorChamado pelo arquiteto Heitor da Silva Costa na ocasião da criação e construção do Cristo Redentor do Corcovado, fez os estudos e desenhos da estátua, detalhados no naturalismo, partindo depois para o sintetismo, estilo que gostava de usar em seus murais de Arte Sacra, como comprova aliás, a Matriz de Santa Therezinha do Túnel, onde tanto o mosaico como os painéis e os vitrais são de sua autoria. É dele, aliás, a idéia do Cristo de braços abertos, dando a impressão, ao ser visto de longe, de uma cruz plantada no granito.

Durante muitos anos foi professor. Primeiramente no Liceu de Artes e Ofícios, onde lecionou Gravura e Desenho, e particularmente em seu ateliê. Formou artistas do naipe de Hans Steiner, Poty, Orlando DaSilva, e muitos outros.

Participou de Comissões de Arte. A mais importante foi o Conselho Nacional de Belas Artes, em 1951. Havia duas Seções: a tradicionalista, representada por Flexa Ribeiro (crítico de arte), Henrique Cavallero (pintor, Leão Veloso (escultor) e Carlos Oswald (água-fortista). A Seção Modernista era representada por Tomás Santa Rosa (crítico), Iberê Camargo (pintor), Bruno Giorgi (escultor) e Oswaldo Goeldi (xilógrafo). Dois membros perpétuos, o Dr. Rodrigo Mello Franco de Andrade, Diretor do Patrimônio Artístico, e Oswald Teixeira, Diretor do Museu Nacional de Belas Artes.

Perde o filho pintor Henrique, no dia 12 de dezembro de 1965. Em 13 de maio de 1969 morre sua bem amada Lilita. Ele ainda lhe sobreviveria dois anos, embora já totalmente cego pelo glaucoma que lhe destruiu uma das maiores alegrias de sua vida, a sua essência, a pintura. Preso a uma cadeira de rodas, passou a desenvolver seu lado espiritual. Sempre fora extraordinariamente religioso. Falece em Petrópolis, no dia 14 de fevereiro de 1971.

Maria Isabel Oswald Monteiro

Auto-retrato de Carlos Oswald
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Auto-retrato de Carlos Oswald.

Carlos Oswald e Petrópolis



Carlos Oswald, pintor da luz e dos reflrexos, na visão dos alunos da rede municipal

17/09/2010 - 18:02 - Aos poucos, alunos representando mais de 80 escolas da rede municipal, inscritas no concurso de releitura da vida e obra de Carlos Oswald , promovido pela Secretaria de Educação, vão conhecendo com total senso crítico e com vasta vontade de aprender, importantes pontos turísticos da Cidade Imperial, como Museu Imperial, Catedral, Trono de Fátima, a Casa da Rua Carlos Gomes, por onde estão espalhadas inúmeras obras do artista plástico Carlos Oswald, nascido na Itália em 1882, naturalizado brasileiro , morador ilustre de Petrópolis de 1931 a 1971.

Oswaldo, autor do desenho do Cristo Redentor, símbolo da cidade Rio de Janeiro, por encomenda do construtor Heitor da Silva Costa, residiu em Petrópolis, na Rua Carlos Gomes, nº 46, por mais de 40 anos. Ano passado, a residência da família Oswald , tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ,completou 100 anos. O concurso da Secretaria de Educação foi organizado para os alunos do ensino infantil ao curso de Jovens e Adultos, nas categoria artes plásticas, literatura e escultura. Uma comissão julgadora vai selecionar os melhores trabalhos. A festa de premiação está marcada para o dia 19 de novembro, em local a ser definido.

A informação sobre a realização do concurso para a rede pública de Petrópolis, foi comemorada no último final de semana, em um amplo apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro, por Maria Isabel Oswald Monteiro, filha mais velha viva de Oswald, que completou 91 anos no último dia 16 de setembro, e celebrou sua idade distribuindo muita simpatia e lucidez. Recebeu inúmeras mensagens de carinho, porém , o presente que mais gostou foi saber que seu pai, pioneiro na gravura em metal no Brasil como objeto de arte, está recebendo uma justa homenagem. Na introdução de seu livro sobre o pai “ Carlos Oswald ( 1882 – 1971 ) - Pintor da Luz e dos Reflexos “, editado pela Casa Jorge em 2000, Maria Izabel escreveu: “ ... espero que a juventude de hoje, sempre tão ávida do novo, pare um momento e busque nos antigos as belezas que ajudarão a crescer. Carlos Oswald, não somente com o que deixou em gravuras, pinturas e desenhos, mas com seus artigos que são verdadeiramente lições, tem ainda muito que ensinar “.

A vontade de Maria Izabel, com certeza, está se concretizando com este evento. Cercada pelas netas Ana Maria, Izabel Alice, Maria Clara, Maria Matos e Maria Luiza Oswald, “Bebe”, como é carinhosamente chamada pelas netas, não se cansa de comentar com elas e com quem quer que seja, detalhes das inúmeras obras em óleo sobre tela, desenhos e gravuras de seu pai. A família Oswald está transbordando de alegria com empenho dos alunos de Petrópolis em conhecer a vida e obra desse grande artista que amava a Cidade Imperial.

Estou feliz com este trabalho maravilhoso que a Secretaria de Educação de Petrópolis, professores, diretores e alunos estão fazendo. Isso não é trabalho, é arte. Emociona muito, a minha família está muito feliz e orgulhosa. Obrigado a todos por tudo isso. Vamos estar lá para ver o que todos os alunos fizeram sobre Carlos Oswald. Um beijo em cada aluno, professoras, diretoras, na secretária Maria Alice, na professora Aninha e no jornalista Gustavo Medeiros por esta grande homenagem. Estamos muitos felizes , disse emocionada uma das netas, Maria Izabel.

Ascom - Prefeitura de Petrópolis

Efemérides Petropolitanas (Prof. Jerônymo Ferreira Alves Netto)



OUTUBRO
05/10/2002

3 de outubro de l855

Aparece em Petrópolis o terrível "Cólera Morbus", trazido do Rio de Janeiro por um colono. As primeiras vítimas da terrível epidemia foram o colono Miguel Breuer, sua esposa Catarina e seu vizinho João Neusseuis.

O Visconde de Baipendi, presidente da Província nomeou uma Comissão Sanitária, para providenciar as medidas necessárias, chefiada pelo Dr. Manuel Melo Franco, comissão esta que realizou visitas domiciliares e providenciou inspeção médica nas casas comerciais, além de montar uma enfermaria pública, instalada à Rua Montecaseros.

O Dr. Napoleão Thouzet, assumindo a chefia da referida enfermaria conquistou vasto renome por seu humanitário trabalho, realizado dentro e fora da referida enfermaria, sendo agraciado por decreto imperial com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo.

Foram atacadas pelo mal cerca de 360 pessoas, registrando-se 31 óbitos na cidade.

6 de outubro de l879

Nasceu em Petrópolis o cientista Antônio Cardoso Fontes, filho de Antônio Fontes e Maria Cardoso Fontes. Em nossa cidade iniciou seus estudos no conceituado Colégio do Padre Benedito Moreira. Posteriormente freqüentou no Rio de Janeiro o Colégio São Bento e, em 1897, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se em 1903, com a tese "Vacinação e Soroterapia Antipestosas".

Foi um dos grandes colaboradores de Oswaldo Cruz em Manguinhos, cuja direção assumiu em 1935. No ano seguinte, com a colaboração de um grupo de colegas fundou a Faculdade de Ciências Médicas, tornando-se professor da mesma e seu primeiro Diretor.

Participou de vários congressos internacionais, proferiu um grande número de palestras e publicou cerca de 83 trabalhos científicos.

Foi fundador e primeiro Presidente da "Sociedade Brasileira de Tuberculose" e fez importantes descobertas ligadas ao "Mycrobacterium Tuberculosis".

Em 1942, com a saúde bastante abalada, recebeu de Sua Santidade o Papa Pio XII o título de membro da "Academia Pontifícia de Ciências". Faleceu na madrugada de 27 de março de 1943, no Rio de Janeiro, onde foi sepultado.

8 de outubro de l848

Foi criada a Agência dos Correios em Petrópolis, para atender ao seu grande desenvolvimento, ficando a cargo do Agente Corrêa Lima, cidadão português, que exerceu suas funções durante 41 anos.

Em l88l Petrópolis ganhou seu primeiro carteiro oficial: José Bento de Araújo, que exerceu suas funções durante quatro anos, sendo substituído por Emídio Francisco de Morais que permaneceu no cargo por 26 anos.

A Agência dos Correios funcionou em vários locais: inicialmente no prédio da Diretoria da Colônia e na residência do Agente Correia Lima, posteriormente na Rua de Bourbon, atual Rua Dr. Nelson de Sá Earp, de onde mudou-se para o terreno hoje ocupado pelo Fórum e em seguida para a Rua D. Januária, hoje Marechal Deodoro. Em l889 funcionou num prédio da Rua Paulo Barbosa e em seguida, na mesma rua, mudou-se para um prédio onde hoje se encontra o edifício Rocha.

15 de outubro de l875

Nasce em Petrópolis D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, o Príncipe do Grão Pará, filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu.

Teve como preceptor o ilustrado Barão Ramiz Galvão e aos 14 anos partiu para o exílio, em companhia de seus familiares.

Na Áustria, fez o curso militar e entrou para o exército austríaco, no qual serviu com grande distinção.

A 14 de novembro de 1908 casou-se em Versalhes com D. Maria Elizabeth Adelaide, Condessa de Dobrezensky, na Bohemia.

Em Petrópolis, era sempre figura obrigatória nas comemorações e realizações locais, sendo muito admirado pela maneira afetuosa e simpática com que sempre se dirigia aos seus compatriotas.

Deve-se a ele um dos gestos mais simpáticos por ocasião da partida da Família Imperial para o exílio, quando sugeriu ao avô D. Pedro II, "a idéia de soltar-se uma pomba branca, em alto mar, afim de que levasse as últimas saudades da família imperial, para o Brasil".

O Príncipe do Grão Pará faleceu em Petrópolis, a 29 de janeiro de l940, sendo sepultado com todas as honras no Cemitério Municipal.

19 de outubro de l562

Morte de São Pedro de Alcântara, em Arenas, aos 63 anos de idade.

Todos os anos, nesta data, os petropolitanos comemoram São Pedro de Alcântara, um dos mais virtuosos santos da Igreja de Cristo, que é o padroeiro do Império , patrono particular de D. Pedro II e também o Orago de nossa Catedral.

Pedro de Alcântara nasceu na cidade espanhola de Alcântara, localizada na fronteira com Portugal, em l499. Por vontade do pai, teria seguido a carreira jurídica, mas sua vocação religiosa o levou a tomar o hábito de São Francisco de Assis, fazendo-o com tal disposição de espírito que, aos vinte anos, foi nomeado superior do Convento de Badajoz

Na época em que viveu, a Igreja procurava realizar uma renovação da vida espiritual através da oração, visando permitir, conforme observam alguns estudiosos, que "os homens vivessem mais intensamente, mais ardentemente, mais individualmente, com o Salvador, n’Ele e por Ele".

Frei Pedro escreveu um Tratado da Oração e da Meditação que muito orientou seus seguidores conhecidos como Alcantarinos, que se espalharam pela Espanha, Portugal, parte da Itália e possessões espanholas.

Frei Pedro foi um dos reformadores da Ordem Franciscana, restabelecendo o espírito de pobreza, humildade e penitência e o grande conselheiro de Santa Teresa de Ávila em sua reforma da Ordem das Carmelitas, além de ter fundado o Convento de Pedrosa em l555.

Por sua intercessão Deus operou muitos milagres, os quais foram reconhecidos pela Igreja, que o canonizou, em l669.

21 de outubro de 1889

Faleceu em Petrópolis Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá. A morte do grande brasileiro foi assim narrada pelo historiador João Roberto d’Escragnolle: "Em fins de l889, numa tarde dos últimos dias de outubro, um ancião, com passo vagaroso e incerto, apoiava-se no braço de uma senhora, dirigindo-se à estação de Petrópolis...Esse ancião era o Visconde de Mauá que ia acabar os seus dias, a sua existência útil à pátria, em Petrópolis, onde então residia".

Em l850, Mauá adquiriu para seu domicílio uma casa de pedra e cal à Rua da Imperatriz, nela residindo durante alguns anos até a conclusão do palacete, cuja construção iniciara defronte à Praça da Confluência.

A casa que anteriormente servira ao Barão, mais tarde consideravelmente ampliada – a casa do jardim das pedras brancas – foi moradia de seu filho Henrique, pertencendo posteriormente ao Dr. Antônio Moreira da Fonseca. Hoje abriga o Centro de Capacitação Frei Memória.

Muito se tem escrito sobre os feitos de Irineu Evangelista de Souza, e muito mais ainda se poderá dizer sobre ele.

Há contudo um aspecto de sua vida que merece ser destacado. São os seus dotes generosos, condição invariável e marcante de seu caráter e o seu entranhado amor ao progresso que o levou a dizer em certa ocasião: "Quando um projeto é grandioso deve ser estudado; a consulta à caixa e aos livros vem depois; se a empresa é nobre, é útil, hei de encontrar os recursos precisos".

26 de outubro de 1902

D. João Francisco Braga, toma posse da diocese fluminense, com sede em Petrópolis. Múltipla, constante e laboriosa foi a sua atuação em Petrópolis, "quer dando às Irmãs do Amparo uma constituição eclesiástica para formar uma Congregação Diocesana", quer realizando visitas pastorais às paróquias mais distantes de sua diocese, quer publicando Cartas Pastorais, sempre com profundo conhecimento e lealdade aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 1907, com a mudança da sede da Diocese para Niterói, foi transferido para Curitiba, "onde durante 28 anos foi o bispo e o arcebispo zeloso, de espírito sobrenatural, humilde".

Em 1935, resignou ao Arcebispado de Curitiba e retornou a Petrópolis, aqui passando os últimos anos de sua existência, já que faleceu no Sanatório São José, aos 13 de outubro de 1937.

29 de outubro de l75l

Inauguração da Capela de N.S. do Amor Divino no Rio da Cidade. A 29 de outubro de l749, Manoel Antunes Goulão, fazendeiro no Rio da Cidade, esteve na Cúria Episcopal do Rio de Janeiro, a fim de obter licença para construir uma capela e um cemitério em sua propriedade.

A 29 de outubro de l75l, concluída a capela, nela foi celebrada a primeira missa pelo padre Manoel Gonçalves Ramos.

Assim, a Capela do Rio da Cidade, consagrada a N.S. do Amor Divino, de l75l a l794, passou a ser o centro religioso daquela região, nela sendo celebrados casamentos, batizados e missas, sendo a Virgem venerada com amor por incontáveis fiéis.
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sábado, 25 de setembro de 2010

Cooperação em bioenergia (eco4planet)


O eixo voltado a biomassa para bioenergia também integra o acordo/Foto: VancityAllie

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Instituto Cubano de Pesquisa dos Derivados da Cana-de-açúcar (ICIDCA) preparam um acordo de cooperação técnica que abrange pesquisas voltadas à produção de energias renováveis, informou a Agência Fapesp.

O anúncio foi feito na segunda-feira passada, 10 de maio, pela pró-reitora de Pesquisa da universidade, Maria José Soares Mendes Giannini. Segundo ela, o acordo pretende reunir especialistas das duas instituições e estará voltado especialmente a trabalhos com resíduos visando uma produção sustentável.

A cooperação deverá abranger cinco eixos:

  • Biomassa para bioenergia;
  • Produção de bioenergia;
  • Aplicação de biocombustíveis em motores;
  • Biorrefinaria, alcoolquímica e oleoquímica;
  • Impactos ambientais, sócio-econômicos e sustentabilidade.

“Os eixos correspondem às divisões do Centro de Pesquisa de Bioenergia da Unesp, o que nos permite ter a troca de saberes em toda a cadeia produtiva”, explicou à Agência Fapesp Nelson Ramos Stradiotto, do Instituto de Química (campus de Araraquara), também coordenador do centro que reúne pesquisadores de oito unidades da universidade.

O ICIDCA é vinculado ao Ministério do Açúcar de Cuba e ao pólo científico do Oeste de Havana, que reúne 53 instituições. A instituição também promove cursos de capacitação para a indústria sucroalcooleira de outros países, como México e Venezuela.

*Via EcoDesenvolvimento.

Portugal e carros elétricos (eco4planet)


implanta��o massiva de carros el�ricos integra estrat�ia do governo portugu� Implantação massiva de carros elétricos integra estratégia do governo português/Foto: frankh

O secretário de Estado da Energia de Portugal, Carlos Zorrinho, afirmou que o país lusitano precisa dos carros elétricos para ter sustentabilidade econômica e social.

Ministros europeus das áreas de economia e competitividade estiveram reunidos em San Sebastian, recentemente, para discutir se a introdução de tais veículos deve ser alvo de uma estratégia integrada da União Europeia (UE). A questão já foi colocada aos 27 Estados-membros pela presidência espanhola da UE, e a resposta deverá ser conhecida nos próximos dias.

Portugal é um dos países na introdução dos carros elétricos. A promoção de um sistema integrado, desde a produção até o consumo, somada a construção de um modelo de gestão focado no consumidor são os principais diferenciais do modelo português.

Atualmente, o governo pretende investir na introdução dos carros elétricos com o objetivo de potencializar as energias renováveis mais abundantes no país: eólica e hídrica.

Se as sinergias entre a energia eólica e hídrica têm funcionado até agora como um dueto, uma vez que o vento que sopra normalmente à noite é considerado ideal para bombear a água das barragens, a fim de produzir eletricidade durante o dia, a relação pode ser estendida a um trio.

” A implantação desses automóveis é vital. Com o desenvolvimento das redes inteligentes, o objetivo é que os carros elétricos funcionem como armazéns ambulantes de energia limpa”, explicou Zorrinho.

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*Via Portal das Energias Renováveis.

Carro elétrico criado por estudantes alemães (eco4planet)


Pode não ser o mais rápido do mundo, mas este carro elétrico construído por estudantes da Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe, Alemanha, parece ser uma boa alternativa aos postos de combustível. O segredo é que o E-Quickie simplesmente não precisa ser abastecido: toda a energia utilizada para movimentar o veículo é conseguida por um mecanismo de indução fixado no solo, como uma pista de carro de autorama.

Construído como um monoposto (como na Fórmula 1) elétrico de três rodas, o E-Quickie pesa 60 kg e é equipado com um motor de 2 kw de potência. A carroceria, toda feita pelos estudantes alemães, é feita de fibra de carbono para ser o mais leve e maleável possível. Há ainda o mecanismo que absorve energia do indutor, localizado na barriga do veículo.

O carrinho possui ainda uma bateria, mas apenas para armazenamento de energia temporário ou de emergência. Por não precisar de muito capacidade, ela pesa bem menos do que componentes de carros elétricos comuns.

“O princípio não é novo”, diz Jürgen Walter, diretor do projeto, ao site do consulado da Alemanha nos Estados Unidos. “Na indústria, por exemplo, empresas podem operar veículos internos de transporte desta forma. Com nosso projeto, os estudantes estão demonstrando que esse tipo de carro pode se mover de forma eficiente e rápida com materiais modernos e otimização tecnológica”, afirma.

Até o momento, os testes com o E-Quickie têm sido um sucesso e parecem viáveis. Os estudantes prometem aperfeiçoar ainda mais o projeto, reduzindo o peso para 40 kg e melhorando o consumo de energia.

domingo, 5 de setembro de 2010

Universidade pública para Petrópolis, sim!

Universidade pública para Petrópolis, sim! (Texto publicado na Tribuna de Petrópolis de 4/9/2010)

Sylvio Costa Filho
Ator e Professor

Mais uma vez a cidadania está se movimentando no sentido de trazer para a cidade de Petrópolis o campus de uma universidade pública. É mais do que urgente, já passou da hora há muito tempo. Não só os jovens, mas toda a população de Petrópolis quer se fazer ouvida. E por isso estamos passando pela rede pública estadual e em toda a cidade, um abaixo-assinado que traz essa reivindicação.
Compreendemos que uma comunidade com mais de 300.000 habitantes e com mais de 238.000 eleitores merece ser ouvida em questões estratégicas e tão relevantes quanto esta: a de proporcionar a seus cidadãos melhores opções e novas perspectivas. Petrópolis precisa disso para elevar sua autoestima e alavancar o seu desenvolvimento.
Os alunos querem, sim, cursar uma universidade pública, e aqui, em sua própria cidade. Com a minha experiência de mais de 30 anos no magistério, em escolas públicas, e nos últimos anos, dedicado ao ensino médio, eu constato a triste realidade da falta de perspectiva da maioria dos alunos e da ausência de expectativas para seguir os seus estudos após o término do ensino médio. Muitas vocações se perdem por falta de acesso. Determinadas carreiras tornam-se inviáveis para os jovens das classes populares. E com isso, nossa cidade, nosso Estado e nosso país também saem perdendo.
Louvamos a parceria do governo municipal com a Universidade Católica de Petrópolis, mas entendemos que a medida, apesar de boa, ainda é insatisfatória. Muitas lacunas são deixadas, lacunas essas, que como disse um dos nossos missivistas do abaixo-assinado, deixam um verdadeiro “buraco negro no crescimento do município”. Não podemos substituir o efetivo pelo paliativo. E também precisamos aprofundar o diálogo da democracia, dando vez e voz à cidadania para que ela se pronuncie. É isso que temos visto, como um belo indicador de um novo momento do país. Tive a felicidade de ter sido escolhido por meus pares, na área da cultura, para participar como delegado nas conferências estadual e nacional, representando a sociedade civil de nossa cidade, e pude vivenciar a grandeza e a responsabilidade que essas conferências têm para a consolidação da democracia participativa, em nosso Brasil.
Tendo como norte essas conquistas é que achamos por bem fortalecer e veicular a voz dos jovens, dos professores, dos pais e cidadãos que clamam por esse sonho tão justo e preciso. E para que ele deixe de ser apenas um sonho, às vezes, até já desacreditado por alguns que caíram no desânimo e no pessimismo, nós estamos encaminhando às autoridades, através da parcela mobilizada da sociedade petropolitana um documento de esperança, mas daquela esperança no sentido que lhe dava o educador Paulo Freire, uma esperança que não fica esperando, e sim uma esperança que se vai construindo nas lutas cotidianas. Futuramente esse abaixo-assinado será levado à Câmara Municipal e ao nosso Prefeito Paulo Mustrangi, também a outras autoridades estaduais e federais para que essa reivindicação não vá sendo esquecida. Sabemos que muitos políticos defendem essa idéia, porém é preciso que ela deixe de ser uma plataforma e passe a ser um salto estratégico para o nosso desenvolvimento.
Queremos uma universidade pública, com cursos diversos e regulares, de formação, pós-graduação e mestrado. Queremos que haja fomento para a pesquisa e para a expansão do saber e do fazer em nossa cidade. Por enquanto, para isso, aqueles que quiserem juntar-se a nós podem acessar o abaixo-assinado #6725 através do blog “Projeto Cidadania Planetária” que tem o endereço: http://cidplan.blogspot.com/ ou então, diretamente, no endereço do abaixo-assinado: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6725.
Universidade pública para Petrópolis! Sim! Contamos com a cidadania organizada!