quarta-feira, 9 de setembro de 2009

POLUIÇÃO AQUÁTICA (Educa - Acontece)


Poluição Aquática

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O meio ambiente marinho - composto por mares, oceanos e complexos de zonas costeiras - além de nos oferecer a possibilidade de um desenvolvimento sustentável, é um componente essencial para a existência da vida na terra. Mas, segundo informações, esse “mundo” tão cheio de vida e de surpresas, corre perigo. É o que revelou o capitão norte-americano Charles Moore, após uma viagem realizada entre as costas da Califórnia e do Havaí.

Moore identificou na região uma verdadeira ilha, formada por um amontoado de detritos (compostos por 90% de plásticos acumulados durante mais de uma década) que tem comprometido a vida marinha e a humana. Nomeada por ele como Lixão do Pacífico, o local consegue ser maior do que os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Goiás juntos.

O capitão revelou que - neste aglomerado de toneladas de plásticos, animais e plâncton - alimentos e lixo coabitam e se misturam, formando um verdadeiro cenário de poluição. A consequência disso é a morte de inúmeros animais, casos de anomalia biológica, mariscos se alojando em pequenas caixas de plásticos e águas-vivas enroladas em fios de nylon.

Correntes Marítimas levam lixo para as encostas

O lugar, destino paradisíaco de milhões de turistas, tornou-se um verdadeiro oceano de plástico. Com uma extensão de aproximadamente 1,6 mil quilômetros da costa entre a Califórnia e o Havaí, a ilha de lixo do Pacífico é formada por toneladas de sujeira levadas pelas correntes marítimas, fenômeno resultante da ação dos ventos sobre a superfície das águas em conjunto com o movimento de rotação da Terra.

A principal parte do processo ocorre quando o lixo é jogador nas ruas e é arrastado para dentro do mar através das chuvas ou pelas correntes oceânicas, numa espécie de varredura. Além disso, há o lixo depositado diretamente nas praias ou nos rios que desembocam nos oceanos.

No caso da Califórnia, as correntezas levam a sujeira. Essa se mistura ao lixo das grandes embarcações e segue para uma região chamada de Giro do Pacífico Norte - ponto de convergência de correntes da Ásia e América do Norte. Quando lá chegam, os dejetos ficam acumulados, já que no local os ventos são poucos, a pressão atmosférica é alta e o mar é calmo.

Grande parte do lixo é sacos plásticos

Mais uma vez, um dos grandes vilões do meio ambiente entra em ação: os sacos plásticos. As medições realizadas pelo capitão Moore e sua equipe com amostras da “sopa de plástico”, retiradas do mar, revelaram que 27% do lixo encontrado são sacolas de supermercado. A medição revelou ainda que, cerca 1,4 mil fragmentos de plástico foram encontrados nos organismos dos 670 peixes analisados.

Os sacos plásticos têm uma vida útil curtíssima, mas levam centenas de anos para se decompor, seja no mar ou na terra. Imagine dentro do estômago de um bicho marinho? Certamente, esse alimento estranho fará um grande estrago, levando-o até a morte. A tartaruga, por exemplo, poderá confundir um saco plástico boiando com uma água-viva, devido à semelhança entre ambos.

Verdadeiros depósitos de lixo

Há muito tempo, mares e oceanos existentes no globo vêm sendo usados como depósitos de detritos. A poluição produzida pelo homem, além do Pacífico, já atingiu também o Ártico e a Antártida, onde já se podem ver sinais de degradação. É difícil precisar a quantidade de poluentes lançados nos mares, já que todos os dias eles recebem toneladas de lixo, alguns tóxicos, outros não.

Segundo o Programa Ambiental da ONU, objetos como seringas, isqueiros, escovas e outros, que totalizam cerca de 46 mil peças de plástico encontradas no mar, podem estar associados à morte de um milhão de aves e 100 mil mamíferos marinhos.

Quem são os culpados?

O problema da poluição marinha parece não ter solução. Jogar lixo no mar é proibido e passível até de multa, mas a sujeira boiando no oceano não tem dono. Culpar a quem? Segundo ambientalistas, ainda que se consiga descobrir a origem dos dejetos, não é possível responsabilizar os culpados. O problema é parecido com o do lixo espacial e por isso, governos e instituições não são pressionados no sentido de resolver a situação”.

A única saída encontrada é a preservação e o desenvolvimento de uma consciência ambiental. Faça sua parte, não jogue lixo no mar, na terra ou em lugares que não sejam destinados a isso. A natureza agradece.


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