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O meio ambiente marinho - composto por mares, oceanos e complexos de zonas costeiras - além de nos oferecer a possibilidade de um desenvolvimento sustentável, é um componente essencial para a existência da vida na terra. Mas, segundo informações, esse “mundo” tão cheio de vida e de surpresas, corre perigo. É o que revelou o capitão norte-americano Charles Moore, após uma viagem realizada entre as costas da Califórnia e do Havaí. O capitão revelou que - neste aglomerado de toneladas de plásticos, animais e plâncton - alimentos e lixo coabitam e se misturam, formando um verdadeiro cenário de poluição. A consequência disso é a morte de inúmeros animais, casos de anomalia biológica, mariscos se alojando em pequenas caixas de plásticos e águas-vivas enroladas em fios de nylon. Correntes Marítimas levam lixo para as encostas O lugar, destino paradisíaco de milhões de turistas, tornou-se um verdadeiro oceano de plástico. Com uma extensão de aproximadamente 1,6 mil quilômetros da costa entre a Califórnia e o Havaí, a ilha de lixo do Pacífico é formada por toneladas de sujeira levadas pelas correntes marítimas, fenômeno resultante da ação dos ventos sobre a superfície das águas em conjunto com o movimento de rotação da Terra. A principal parte do processo ocorre quando o lixo é jogador nas ruas e é arrastado para dentro do mar através das chuvas ou pelas correntes oceânicas, numa espécie de varredura. Além disso, há o lixo depositado diretamente nas praias ou nos rios que desembocam nos oceanos. No caso da Califórnia, as correntezas levam a sujeira. Essa se mistura ao lixo das grandes embarcações e segue para uma região chamada de Giro do Pacífico Norte - ponto de convergência de correntes da Ásia e América do Norte. Quando lá chegam, os dejetos ficam acumulados, já que no local os ventos são poucos, a pressão atmosférica é alta e o mar é calmo. Grande parte do lixo é sacos plásticos Mais uma vez, um dos grandes vilões do meio ambiente entra em ação: os sacos plásticos. As medições realizadas pelo capitão Moore e sua equipe com amostras da “sopa de plástico”, retiradas do mar, revelaram que 27% do lixo encontrado são sacolas de supermercado. A medição revelou ainda que, cerca 1,4 mil fragmentos de plástico foram encontrados nos organismos dos 670 peixes analisados. Verdadeiros depósitos de lixo Há muito tempo, mares e oceanos existentes no globo vêm sendo usados como depósitos de detritos. A poluição produzida pelo homem, além do Pacífico, já atingiu também o Ártico e a Antártida, onde já se podem ver sinais de degradação. É difícil precisar a quantidade de poluentes lançados nos mares, já que todos os dias eles recebem toneladas de lixo, alguns tóxicos, outros não. Segundo o Programa Ambiental da ONU, objetos como seringas, isqueiros, escovas e outros, que totalizam cerca de 46 mil peças de plástico encontradas no mar, podem estar associados à morte de um milhão de aves e 100 mil mamíferos marinhos. Quem são os culpados? O problema da poluição marinha parece não ter solução. Jogar lixo no mar é proibido e passível até de multa, mas a sujeira boiando no oceano não tem dono. Culpar a quem? Segundo ambientalistas, ainda que se consiga descobrir a origem dos dejetos, não é possível responsabilizar os culpados. O problema é parecido com o do lixo espacial e por isso, governos e instituições não são pressionados no sentido de resolver a situação”. A única saída encontrada é a preservação e o desenvolvimento de uma consciência ambiental. Faça sua parte, não jogue lixo no mar, na terra ou em lugares que não sejam destinados a isso. A natureza agradece. | |||||||
O Projeto Cidadania Planetária receberá aqui propostas, sugestões e comentários dos professores, orientadores, estudantes e interessados nessa produção de conhecimento que o CIEP 137 CECÍLIA MEIRELES empreenderá. Veiculamos o nosso cotidiano escolar e também matérias afins ao projeto de sustentabilidade em seu sentido amplo.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
POLUIÇÃO AQUÁTICA (Educa - Acontece)
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