sábado, 7 de novembro de 2009

Pelas 350ppm

É hoje! Todos pelas 350!!! Parque de Itaipava!!!

Itaipava, Petrópolis, Rio, Copenhage, Terra!!!

Sylvio Costa Filho

Ator e Professor (C. E. Hercília Moret)

Leonardo Boff já nos chamou atenção: são muitas as ecologias. E ele nos fala de 4 delas, a ecologia ambiental, a ecologia social, a ecologia mental e a ecologia integral. Para aqueles que acham que ecologia é apenas uma conversa sobre as plantinhas e os animais, a leitura das reflexões de Leonardo são fundamentais. E aqueles que entendem desenvolvimento e ecologia como sendo incompatíveis não estão mais entendendo o que seja desenvolvimento e nem o que seja ecologia.

Vivemos em um mundo interdependente e são muitas as conexões. Desenvolvimento que não leva em consideração sustentabilidade não pode ser considerado desenvolvimento, mas sim produção de desequilíbrios. O que assistimos e experimentamos em nosso cotidiano já é prova mais que suficiente. O antropocentrismo selvagem transformou os homens nos reis predadores de seu próprio reino. Estudando a história do mundo tomamos conhecimento de uma epopeia de destruições e de agressões às mais variadas formas de vida. Espécies extintas de forma brutal e irresponsável. A própria espécie dividindo-se em competições, guerras e barbáries. O homem excluindo o semelhante e arrancando seu direito à vida e à dignidade. Apartheids e exclusões. Holocaustos. Escravizações, torturas e tantos males causados por vícios atávicos e por novidades do mercado do esbanjamento, da loucura desenfreada do consumo.

A ecologia religa as espécies, as sociedades, as diversidades, redesenha os mapas reaproximando os homens como cidadãos de um mesmo planeta, renova as suas mentes com a percepção do todo interdependente e intercomunicante.

Ainda sobrevive um pensamento, obviamente estimulado por interesses particulares de que o que é bom para o meio ambiente é prejudicial para a economia. Não há mais como sustentar esse preconceito e essa ignorância. A economia sustentável é o novo paradigma. O que precisamos é aprender os novos caminhos e exercitar os novos passos da mudança.

No momento em que escrevo este texto sou surpreendido por uma manchete de jornal que afirma que a nova siderúrgica do Rio, a Companhia do Atlântico Sul (CSA), que iniciará suas atividades em 2010, aumentará em 76% a emissão de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, lançando mais de 12 vezes o total de emissões desse gás no município do Rio e 14% do total de emissões do estado. No próximo mês, em Copenhagen, a conferência internacional, discutirá justamente as questões climáticas e a importância de diminuir a emissão desses gases-estufa que aquecem a temperatura da superfície terrestre. O CO2, segundo os cientistas tem um limite de 350ppm (partículas por milhão) e nós já ultrapassamos esse limite e chegamos à faixa das 390ppm. A cidadania planetária promove movimentos em todo o mundo para que seja revertida essa situação crítica.

É preciso pressionar os nossos representantes na cúpula mundial para que as verdadeiras necessidades do planeta e da vida sejam respeitadas. Daí, o movimento “Pelas 350” que tem, aqui, em Petrópolis, no Projeto Cidadania Planetária do Colégio Hercília Henriques Moret muitos adeptos e que está se ampliando com a adesão da cidadania petropolitana e com a força de ação da sociedade civil.

Todos estamos convocados para salvar o planeta e melhorar a qualidade de vida na Terra. Viva Gaia viva!!! Parque de Itaipava, 8 de novembro, às 11:00h. Vestidos de azul e/ou branco. Estaremos lá! Pelas 350.


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