quinta-feira, 26 de novembro de 2009

China anuncia redução de emissão de CO2 em 40% até 2020

26/11/09 - 07h10 - Atualizado em 26/11/09 - 09h04

China anuncia redução de emissão de CO2 em 40% até 2020

EUA apresentarão meta de redução de emissões de gases-estufa em 17%.
Brasil anunciou corte voluntário de pelo menos 36,1%.

Do G1, com agências internacionais *

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Homem usa máscara para se proteger da poluição em Pequim. (Foto: AFP PHOTO/Frederic J. BROWN )

O governo chinês anunciou nesta quinta-feira (26) meta de redução voluntária entre 40% e 45% na emissão de dióxido de carbono (CO2) por unidade de PIB em 2020, comparando os níveis de 2005, informou a agência de notícias estatal “Xinhua”. Entre 2006 e 2010, a China havia se comprometido a reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 20%.

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O novo compromisso, assumido dez dias antes da reunião de Copenhague, supõe que o país dobrará seus esforços no combate às alterações nocivas ao clima.

“Esta é uma ação voluntária tomada pelo governo chinês, e constitui uma contribuição fundamental para o esforço global no combate às alterações climáticas”, informa a Xinhua.

Entenda a importância de um novo acordo sobre mudanças climáticas

China e Estados Unidos são os maiores emissores de dióxido de carbono do mundo que ainda resistiam em alterar suas políticas de combate às alterações do clima. Agora, os dois países fazem promessas históricas sobre o tema.

EUA

O presidente norte-americano, Barack Obama, vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), e, segundo o jornal “The New York Times”, citando um funcionário da Casa Branca, fará um discurso aos delegados afirmando que os EUA pretendem reduzir as emissões de gases-estufa em 17% até 2020, na comparação com os níveis vigentes em 2005.

A meta constava de projeto de lei aprovado pela Câmara dos Representantes no dia 26 de junho (por 219 votos contra 212). Em debate no Senado, uma emenda alterou a meta para 20%.

Entre os dias 7 e 18 de dezembro, representantes de 193 países estarão reunidos em Copenhague (Dinamarca) para tentar chegar a um novo acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. O novo acordo, se houver, substituirá o Protocolo de Kyoto, que deixa de vigorar em 2013. Líderes de mais de 60 países já tinham confirmado presença no encontro.

Minc

Antes de China e EUA estabelecerem seus objetivos, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou de “desastre” a falta de metas dos dois países para a redução nas emissões de gases do efeito estufa. “O problema é sério. Os dois maiores emissores do mundo dizem que não vão levar número para Copenhague. Isso é um desastre, não vamos minimizar isso. É um desastre, uma frustração”, disse, durante reunião do Conselho Político do governo.

O governo brasileiro anunciou uma “meta voluntária” de redução dos gases de efeito estuda entre 36,1% a 38,9% até 2020 em relação ao que poluiria se nada fosse feito para conter as emissões.

PIB

O cálculo das emissões de CO2 para gerar riquezas é o quociente entre o total de toneladas de CO2 emitidas por um país e seu Produto Interno Bruto (PIB). Isso dá uma medida da eficiência energética e ambiental das economias. Quanto mais eficiente for o país, menor o número.

Entretanto, analistas creem que a meta anunciada pela China não necessariamente significará uma redução nas emissões.

O cálculo chinês é o único a utilizar a mensuração de intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitido por cada unidade do produto interno.

A China se esforça para tornar as suas fábricas e sua infra-estrutura de energia mais eficientes na utilização de combustível, o que produziria menos gases causadores do efeito estufa. Isso, porém, não significa que os níveis absolutos de carbono seriam reduzidos.

(*) Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

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