domingo, 23 de agosto de 2009

Avó de Obama ganha painel solar do Greenpeace no Quênia

Avó de Obama ganha painel solar do Greenpeace no Quênia

Para mostrar que é possível sim levar energia para lugares remotos, a avó do presidente americano Barack Obama, Mama Sarah, ganhou hoje de jovens ambientalistas quenianos um painel solar. A idéia, gestada no Greenpeace, é incentivar tecnologia limpa, segura e renovável,além de contribuir positivamente para redução do aquecimento global.

O Quênia, assim como vários outros países na África, está na fronteira dos impactos das mudanças climáticas e já sofre com redução das chuvas, que agrava problemas com a agricultura e inviabiliza hidrelétricas em larga escala.

As instalações dos painéis fazem parte de um workshop de 20 dias proposto pela Geração Solar do Greenpeace, onde estão participando 25 jovens do Programa da Juventude da Comunidade de Kibera, a segunda maior favela do mundo, e membros da comunidade de Nyang’oma Kogelo. Os jovens estão aprendendo como os painéis solares geram eletricidade, sua instalação e manutenção e a auto-montagem de lâmpadas solares.

Além de terem baixo impacto ambiental e serem fundamentais para o combate ao aquecimento global, as renováveis têm um forte apelo econômico. Em vários lugares do mundo, a indústria solar está pronta e capaz para atender a toda demanda de energia. O custo do kWh gerado nos painéis ainda é superior aos custos da energia das hidrelétricas e mesmo das termelétricas, mas deve se igualar ao custo médio da energia fornecida à rede nos próximos cinco anos. Sem impedimentos técnicos ou econômicos, os desafios para que a energia solar emplaque no mundo devem mirar a derrubada das barreiras políticas.

No Brasil o caminho é mais longo, mas as barreiras políticas já estão sendo quebradas. Uma legislação consistente para o setor está tramitando no Congresso Nacional e está prestes a ser votada. Essa legislação é o ponto de partida para a inserção do Brasil em um mercado que movimentou cerca de US$ 155 bilhões no mundo em 2008 e que cresce em média 30% ao ano.

O Projeto de Lei 630 prevê incentivos ao desenvolvimento das energias renováveis como o direito de distribuir e vender energia gerada por turbinas de vento, biomassa ou placas solares à rede ou em comunidades isoladas e a restrição a participação das termelétricas nos leilões de energia.

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