

20 de julho dia internacional da amizade e aniversário de Santos Dumont!!!
O Projeto Cidadania Planetária receberá aqui propostas, sugestões e comentários dos professores, orientadores, estudantes e interessados nessa produção de conhecimento que o CIEP 137 CECÍLIA MEIRELES empreenderá. Veiculamos o nosso cotidiano escolar e também matérias afins ao projeto de sustentabilidade em seu sentido amplo.
Por Chen Aizhu e Ben Blanchard
PEQUIM (Reuters) - O porto de Dalian, um dos maiores da China, fechou na segunda-feira por causa da explosão de um oleoduto submarino, que provocou um grave vazamento de óleo, fez uma refinaria reduzir sua produção e obrigou os importadores a desviarem suas cargas para outros terminais.
O incêndio do fim de semana pode prejudicar também o embarque de minério de ferro e soja, além de gerar um debate na China sobre as regras ambientais - menos de uma semana depois das suspeitas de acobertamento das autoridades num vazamento tóxico numa mina de cobre no sul do país.
O incêndio começou na noite de sexta-feira, quando dois dutos explodiram durante o carregamento de um navio-tanque fretado pela estatal PetroChina.
Ninguém ficou ferido, mas centenas de bombeiros levaram mais de 15 horas para controlar as chamas, segundo a imprensa estatal. Cerca de 1.500 toneladas de petróleo vazaram no mar, deixando uma mancha com 183 quilômetros quadrados, dos quais 50 quilômetros quadrados de contaminação "severa".
Outros seis navios com capacidade para 12 milhões de barris (1,9 bilhão de litros) devem ser desviados para outros portos na Coreia do Sul ou China, segundo fontes do setor de navegação.
O porto petrolífero de Xingang, em Dalian, tem um depósito estratégico de 19 milhões de barris 2,27 bilhões de litros de petróleo - é um dos quatro grandes depósitos chineses já em operação. Ali funcionam também armazéns da CNPC e da PetroChina, com capacidade ainda maior.
Duas refinarias da PetroChina escoam por ali a sua produção, equivalente a 600 mil barris diários (71,5 mil litros por dia).
A PetroChina montou um plano de contingência para enfrentar uma interdição de uma semana no principal terminal petrolífero, que costuma receber petróleo bruto e exportar gasolina e diesel.
Fontes do setor se dividem a respeito de quanto tempo o porto ficará fechado, com estimativas que variam de 7 a mais de 10 dias. As autoridades dizem que não é possível prever o prazo.
A PetroChina começou a reduzir em "vários milhares de toneladas" por dia as operações em uma das suas refinarias. "O porto foi lacrado logo depois da explosão. Temos um plano de contingência de uma semana, mas esperamos que o vazamento de óleo possa ser limpo assim que possível", disse um executivo.
Trabalhadores usam barreiras físicas e dispersantes para tentar conter a mancha de petróleo, segundo o jornal China Daily. A poluição se concentra a cerca de cem quilômetros da costa.
"Até a noite de domingo, cerca de 7.000 metros de barreiras flutuantes foram instalados, e pelo menos 20 recolhedores de óleo estão trabalhando para limpar o vazamento", disseram autoridades locais ao jornal.
(Reportagem adicional de Wee Sui-Lee em Hong Kong, Ruby Lian em Xangai e David Stanway em Pequim; Luke Pachymuthu, Florence Tan e Naveen Thukral em Cingapura)
Ler e escrever são atividades fundamentais no processo de integração entre o homem e a natureza. Essa é uma das conclusões da bióloga Rita Mendonça ao terminar as Oficinas de Educação Ambiental realizadas nas Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso em várias cidades brasileiras
Em setembro e outubro de 2007 foram realizadas Oficinas de Educação Ambiental em diversas Bibliotecas Ler é Preciso com a bióloga Rita Mendonça. Confira alguns relatos dos participantes e os comentários da educadora:
Energia em movimento
“Não foram viagens comuns. Enquanto chegávamos a cada lugar, eu imaginava a intrincada malha de roteiros feitos por mim e cada um dos participantes das oficinas. Tantos esforços convergindo para a sua realização. Os anfitriões se desdobravam na organização. Todos sabiam quão especiais seriam aqueles encontros — e foram. Cada lugar com sua própria cor, tom, intensidade. Havia muita emoção pela novidade da situação, viajar, receber, conhecer, renovar. Essa intensa energia em movimentação em muito contribuiu para a qualidade e a profundidade dos encontros”.
Transformando hábitos
“Para tornar o lugar onde vivemos o melhor lugar do mundo, precisamos expandir nossa idéia de ‘lugar’. Por isso, as propostas da educação ambiental de avançar na visão de mundo e orientar nas tomadas de decisão precisam fazer sentido para as pessoas; não podem ser normas ditadas por especialistas; precisam tocá-las lá no fundo, para que possam transformar seus hábitos condicionados em hábitos conscientes e enraizados”.
Tarefa do educador ambiental
“Incrível pensar que, apesar de todo o conhecimento acumulado por toda a história humana, nossa inteligência não está formatada para entender e pensar questões relativas à Terra e seus habitantes. (...) Trazer essas questões para o cotidiano, para a consciência diária, é a tarefa do educador ambiental.”
Livros podem curar
“É muito especial fazer essas reflexões nos ambientes das bibliotecas. Os livros podem também nos curar da cegueira de uma visão de mundo limitada pelo imediato ou pelos repertórios formados pela mídia. Pessoas preparadas para o mergulho em livros estão abertas para o permanente despertar que os textos trazem. (...) A força vital que a homogeneização das paisagens lhes retira pode ser compensada pela riqueza de mundos trazida pelos livros e pela indelével marca que as reflexões calcadas na experiência proporcionam. Os bons livros são parceiros fundamentais para uma educação ambiental que facilite dar às pessoas poder para intervirem de forma consciente e conseqüente em seus espaços de vida.”
Uma ética para o novo milênio Conversamos sobre a necessidade de, associado ao engajamento para reciclar os materiais, no momento de fazer qualquer compra, refletir sobre sua real necessidade, ter discernimento para recusar aquilo que percebemos não ser essencial, reduzir a quantidade daquilo que julgamos necessário, reutilizar de alguma forma aquilo de que já dispomos e retardar ao máximo sua disposição final e, finalmente, dar preferência para produtos e embalagens que possam ser reciclados, nos casos dos municípios que já dispõem de programas para reciclagem. |
Cuidar dos corações humanos
“O problema dos erros de percepção, que, é claro, tem graus variados, costuma surgir por causa da nossa tendência de isolar aspectos particulares de um acontecimento ou experiência e vê-los como se constituíssem uma totalidade. Isso leva a um estreitamento da perspectiva e a falsas expectativas. Lembramos a citação feita pelo professor Joseph Cornell, autor do livro Vivências com a natureza 1, também recebido pelas Bibliotecas: ‘...Não se trata de cuidar dos rios, mas do coração humano.’ Para conseguirmos cuidar dos rios, precisamos cuidar do coração das pessoas, conhecer como é que elas sentem, de que elas precisam e como podem sentir-se felizes cuidando de si e dos outros. Só então poderão cuidar do ambiente externo, já que as nossas formas de interferir nele dependem de nossos estados mentais e, portanto, afetivos."
Vivenciando as palavras
“Além de conhecer muitas palavras, precisamos vivenciá-las, para que façam sentido para nós. Para isso, é necessário desenvolver a sensibilidade e dedicar um olhar amoroso sobre as coisas. A experiência da Neick de incentivar as pessoas a plantar flores me fez lembrar que o mundo é um enorme jardim, passível de tomar as mais belas formas, dependendo do olhar que temos sobre ele e dos nossos gestos de compreensão e de realização”.
Resgatando o sagrado de tudo
Todos os nossos problemas decorrem, de alguma forma, da falta de consideração ou de percepção da inexorável necessidade de pertencer aos ciclos da vida. Nossas viagens tinham este sentido: resgatar a sacralidade das coisas — mas não só das coisas: das relações, dos afetos que criamos ao nos encontrarmos. (...) Tudo o que fazemos é muito especial e importante e, quando compartilhado, é ampliado, é reencantado”.
Relatos especiais
“Muitas coisas aconteceram desde os nossos encontros. Algumas delas foram compartilhadas por carta, fax ou e-mail. Vamos aqui contar algumas. Todos os relatos que recebemos nos tocaram profundamente. Sentimos que seria muito importante que todos soubessem”.
“Quando a Jucineide, de Suzano, SP, contou que quando vai a algum lugar que tem árvore, costuma parar para ouvir o canto dos pássaros e para contar quantos tons de verde consegue ver, fiquei cheia de contentamento. Ela conta também que, quando se dedica a essa escuta, sente-se amorosa e em paz. Percebi que gestos tão simples podem nos reconectar interiormente e, ao mesmo tempo, reconectar uns aos outros”.
“Nossos encontros foram bastante mobilizadores. Depois da oficina, Neick, de Turmalina (MG), intensificou certas questões com as quais ela já trabalhava: ampliou o cuidado de trabalhar valores como paz, solidariedade, honestidade e respeito. E teve uma idéia muito bacana: nos encontros para contar a história Pote vazio ou a flor da honestidade, distribuiu sementes de flores orientando os participantes a plantar, a regar com água e carinho e depois a dar o retorno, contando-lhe dos seus jardins.. Que idéia bonita! Pois se a leitura nos ajuda a ler a realidade em que vivemos, nos ajuda a ter senso crítico e a sonhar, plantar flores em decorrência da leitura nos leva a transformar a realidade, a incluir o belo no cotidiano, a dar poesia ao ato de viver. A experiência da Neick de incentivar as pessoas a plantar flores me fez lembrar que o mundo é um enorme jardim, passível de tomar as mais belas formas, dependendo do olhar que temos sobre ele e dos nossos gestos de compreensão e de realização”.
“Neick utilizou a dinâmica da teia em diversos encontros que promoveu em sua cidade, para mostrar que dependemos uns dos outros. Essa dinâmica consiste em pedir aos participantes que façam uma lista de todos os elementos importantes de suas vidas. Conforme eles vão falando, vão fazendo conexões entre eles e, para representar essas conexões, vão passando um barbante, até formar uma teia bem intrincada. Se alguém puxar o barbante para um lado, todos vão sentir”.
“Ela percebeu que caminhar é uma poderosa forma de ocupar espaço, expor idéias e comprovar vínculos, sobretudo quando caminhamos juntos. Caminhar dá vida às idéias e às mudanças pelas quais sonhamos. Então, Neick organizou Caminhadas pela Justiça e Paz em sua cidade, para mobilizar a comunidade quanto a ações necessárias e para agradecer ao Divino, durante a Festa do Divino, pelas Ações de Paz realizadas. Assim, crianças foram presenteadas com mudas de árvores frutíferas no dia de seu batizado e os pais se comprometeram a cuidar delas. Neick compartilhou sobre seu maior ganho com as Oficinas de Educação Ambiental: ‘Pequenas ações podem representar muito mais do que imaginamos para melhorar o planeta. Em razão disso, sou mais tolerante, menos ansiosa, mais realizada e mais feliz’”.
“Neide, de Salvador (BA), também observou o quanto as pequenas atitudes influenciam e o quanto somos ligados uns aos outros. Quando vamos empreender alguma coisa, podemos ter a sensação de que aquilo que fazemos é pouco, mas, quando vamos compartilhar, aí é que percebemos a grandeza que existe em cada um de nós. O simples ato de querer viver com qualidade, modificando as escolhas para construir um modo de vida leve e alegre, já é transformador, pois irradia positividade, amorosidade, bem-estar e tranqüilidade. Esses são sentimentos tão necessários na vida moderna que exercem rápida influência naqueles que nos rodeiam. Como diz a Neide, são atitudes que mudam a mentalidade das pessoas”.
“Fernanda, de Urbanos Santos (MA), fez a Teia da Vida com as crianças, pedindo que representassem animais e ligou-as por meio do barbante, de forma a perceberem a interdependência entre todos os seres vivos. Cícero, de Calçado (PE), enfatizou a importância da educação para a formação da consciência nas pessoas”.
Olha só a iniciativa da Cristina, de Barroso (MG): ela organizou um concurso para estimular as crianças à reflexão em torno da questão ambiental. Mobilizando a participação por meio das escolas, o concurso “Eu protejo minha terra” teve três categorias. Para mostrar os resultados do concurso, ela preparou uma publicação com os textos selecionados do III Concurso de Redação Ler é Preciso. Nem dá para avaliar quanta gente foi envolvida nesse processo do concurso, que teve um efeito realmente multiplicador!”
Quando nos encontramos para as Oficinas de Educação Ambiental em 2007, senti que muita coisa se modificou ou transformou, tanto em mim como nos participantes. A primeira delas é a percepção de que tudo isso gira em tornos dos afetos, do quanto ampliamos nossa capacidade de percepção e ação pelo simples fato de nos deixarmos atuar afetuosamente com os outros e com o ambiente”Ao jogar o óleo de cozinha usado na pia, o brasileiro não percebe que está ajudando a aumentar a contaminação dos córregos, rios e mares, além de colaborar para entupir o encanamento da sua residência e das galerias pluviais.
“Com uma iniciativa muito simples, os cidadãos podem ajudar na preservação do meio ambiente e na geração de renda para as pessoas carentes”, destaca a presidente da Associação Nacional para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo), Célia Marcondes. Segundo ela, o armazenamento do óleo em potes de vidro e o encaminhamento do produto para postos de reciclagem está gerando renda para 1,8 mil trabalhadores em todo o país.
“São pessoas que vivem só disso”, afirmou Célia, em entrevista à Agência Brasil. A associação que ela preside não se responsabiliza pela coleta, mas é responsável pela criação de redes que fazem esse serviço. Cerca de 50 entidades e empresas, de acordo com Célia, já estão interessadas em participar desse processo.
Na Grande São Paulo, a organização não governamental (ONG) Trevo é uma das responsáveis pela coleta desse material em cerca de 2,5 mil prédios. Segundo Roberto Costacoi, a ONG que preside coleta, em média, 270 mil litros de óleo por mês. Todo esse óleo de cozinha que é recolhido pelos prédios, bares e principalmente restaurantes fast food de São Paulo é depois tratado e repassado para grandes indústrias de biodiesel. Com esse trabalho, a organização se autosustenta e gera emprego para 50 famílias que recebem, em média, R$ 1 mil por mês.
“A reciclagem tem várias vantagens: uma é que vamos deixar um mundo melhor para nosso filhos e netos. Outra é que vai cair pela metade o gasto do condomínio com o desentupimento de esgotos e encanamentos – e sabemos que qualquer desentupidora não sai de sua base por menos de R$ 1 mil. Tem ganho material, ganho ecológico e geração de emprego”, destacou Costacoi.
Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 366 municípios do estado de São Paulo, a reciclagem do óleo de cozinha realmente diminui o número de trabalhos de desobstrução na rede de esgoto. Em Cerqueira César, bairro da capital paulista onde o trabalho começou a ser desenvolvido em 2007 com as ONGs Trevo e Ecóleo, 1,6 mil condomínios aderiram ao programa e o resultado foi que o número de desobstruções de esgotos diminuiu 26% em relação aos demais bairros operados pela Sabesp.
De acordo com Célia, uma família brasileira formada por cinco pessoas consome cerca de quatro litros de óleo por mês. Desse total, um litro é descartado e o restante absorvido na comida. Pelos cálculos da Sabesp, cada litro desse óleo que é descartado nas pias polui mais de 25 mil litros de água.
“A reciclagem gera postos de trabalho e renda e aquilo que é problema, que é resíduo, vai passar a ser produto para as indústrias, que precisam do óleo como matéria-prima. Há uma gama enorme de produtos (biodiesel, sabão, tintas, vernizes e massas de vidro) que podem ser feitos com esse material que estamos jogando fora de forma irresponsável”, resumiu Célia.
As pessoas, empresas e condomínios que estiverem interessados em fazer parte da rede de reciclagem do óleo de cozinha podem procurar informações nos sites www.trevo.org.br ou www.ecoleo.org.br.
De acordo com informações da BP, a implementação de seu mais recente selo de contenção na plataforma Deepwater Horizon foi bem sucedida. Isso significa que pela primeira vez em meses nenhum barril de petróleo está vazando no Golfo.
A BP ainda tem que conduzir testes de pressão para ter certeza de que o poço está intacto, o que será feito nas próximas 48 horas, para os engenheiros determinarem se há pressão suficiente para prevenir mais vazamentos de petróleo e gás no oceano.
Os executivos da BP estão otimistas com o processo:
Apesar de não termos certeza, a expectativa é de que nada de petróleo seja despejado no oceano durante o teste”, disse a BP em seu comunicado ao anunciar o início do procedimento. “Mesmo que não haja nenhum vazamento durante o teste, isso não será uma indicação de que o fluxo de petróleo e gás do poço tenha sido interrompido permanentemente.”
Se os testes de pressão falharem, o selo terá de ser removido, obrigando a BP a começar do zero.
Dedos cruzados, então. A boa notícia é que pelo menos agora o problema não está ficando pior. [Originalmente postado em Gizmodo Brasil, com fonte em Washington Post]
16/7/2010 10:06, Redação, com agências internacionais
A BP conseguiu pela primeira vez desde 22 de abril interromper totalmente o vazamento de petróleo no Golfo do México nesta quinta-feira.
Agora a companhia espera que o novo equipamento, que foi instalado no poço danificado, possa continuar integro por 48h. Apesar do estancamento momentâneo não ser um resultado conclusivo, o vice-presidente sênior da empresa, Kent Wells, comemorou o fato.
– É bom ver que nenhum petróleo está vazando para o Golfo do México –, disse.
Caso funil apresente avarias no decorrer do teste, a BP ainda pode optar por um plano alternativo. Neste caso, a britânica instalaria um sistema de quatro diferentes linhas para transportar o petróleo e o gás natural para quatro diferentes embarcações, segundo informou o encarregado norte-americano nas operações contra a maré-negra, Thad Allen.
O vazamento iniciado em 20 de abril causou enormes prejuízos ambientais e econômicos, e por pressão do governo a BP reservou US$ 20 bilhões para indenizações, o que lhe obriga a vender parte do seu patrimônio.
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