GRITO NEGRO
José Craveirinha
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder, sim
e queimar tudo com a força da minha combustão
Eu sou carvão
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão
Tenho que arder
queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu serei o teu carvão, patrão!
Pesquisei sobre Caveirinha e achei sua vida muito interessante,nesse poema ele deseja transmitir como era a vida dos moçambicanos,lutando contra a ocupaçao colonial naquela época...Terminando o meu comentario deixo a minha opiniao "Sempre devemos lutar pelos nossos direitos".
ResponderExcluirValeu Paloma!!!Cidadania é isso aí! Exerça-a também aqui! O blog é para isso!!!
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