quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Conferência do Clima da ONU, em Cancún, termina sem grandes avanços

13/12/2010 - 10:44

fonte: G1/ Greenpeace

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Como já era previsto, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), em Cancún, no México, terminou sem grandes avanços. Após 12 dias de negociações, ainda não se sabe qual será o substituto para o Protocolo de Kyoto, que termina em 2012 (e, diga-se, é o único instrumento legalmente vinculante (de cumprimento obrigatório), em que países desenvolvidos se comprometem a reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa).


Também não se definiu como serão distribuídos os recursos financeiros prometidos na COP15, em Copenhague, para que os países em desenvolvimento se adaptem às mudanças climáticas. Sabia-se, antecipadamente, que um segundo período do Protocolo de Kyoto não seria acordado em Cancún (já que o rascunho não prevê isso).


O grupo que negociava a segunda fase de compromisso era liderado pelo Brasil e o Reino Unido. O texto apresentado reafirmava a necessidade da renovação do protocolo, a tempo de não permitir que os países desenvolvidos ficassem sem metas de redução de emissão de gases-estufa. Ficou para a próxima COP. Para o negociador-chefe brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, "quando está num momento ruim de uma negociação, você não a termina; você adia para dar mais tempo para buscar uma saída melhor", disse.


A COP 16 do México aprovou um pacote de decisões sobre ações para enfrentar as causas e efeitos das mudanças climáticas, apesar de a Bolívia ter rejeitado os rascunhos propostos. Entre as principais medidas aprovadas está a da criação de um Fundo Verde, um mecanismo para que os países ricos ajudem financeiramente os mais pobres na luta contra as mudanças climáticas. "Criou-se o mecanismo de adaptação (dos países em desenvolvimento às mudanças climáticas); o REDD (mecanismo de pagamento por conservação de florestas) está colocado; o comitê do fundo de adaptação foi criado", exemplificou a ministra brasileira do meio Ambiente, Izabella Teixeira.


A chanceler mexicana Patricia Espinosa, presidente da COP, foi aplaudida durante a reunião final, após a decisão de convidar pares de países, sempre um desenvolvido com um em desenvolvimento, para liderar a resolução dos pontos mais complicados das negociações.

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