sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lixo pode ser solução para poluição?

Cientistas afirmam ser possível cortar em até 86% as emissões de carbono substituindo a gasolina por um biocombustível proveniente do lixo.

De acordo com estudo publicado na Global Change Biology: Bioenergy, os resíduos urbanos como papel e papelão são é uma promessa de energia limpa pois dão origem ao etanol celulósico.

Esse biocombustível, assim como outros, poderia resolver três grandes problemas mundiais: a dependência de combustíveis fósseis (petróleo), a crise de energia e as emissões de gases nocivos à camada de ozônio.

A vantagem do etanol celulósico em relação a outros biocombustíveis, no entanto, seria justamente o fato dele não ser obtido diretamente de uma planta. A cana e o milho, por exemplo, são alternativas limpas mas polêmicas, pois geram a necessidade de aumento de lavoura destinada somente para este fim – o que pode levar a problemas ambientais e, segundo alguns críticos, aumento dos preços de alimentos.

Uma fonte de energia derivada de lixo urbano processado, no entanto, poderia oferecer essa economia de energia sem os custos ambientais. Por outro ladp, como seriam utilizados papéis e seus derivados, é de se imaginar que a reciclagem desse material seria comprometida.

Durante suas pesquisas, o dr Hugh Tan, da Universidade Nacional de Cingapura, e o dr. Lian Pin Koh, do ETH de Zurique, usaram o United Nation’s Human Development Index, lista das Nações Unidas sobre desenvolvimento humano, para estimar a geração de lixo de 173 países. Esses números foram comparados com o banco de dados do Earthtrends, que calcula aproximadamente a quantidade de gasolina consumida em cada país.

Os resultados mostraram que, a partir do lixo gerado, seria possível retirar material suficiente para produzir 82.93 bilhões de litros de etanol celulósico. Essa quantidade de biocombustível poderia substituir 5.36% do consumo mundial de gasolina, e diminuir as emissões de gases poluentes entre 29.2% e 86.1%.

Fonte: blog.eco4planet.com

A conscientização da preservação do meio ambiente


Por Lysette Lyra

A conscientização da preservação do meio ambiente depende de mim, de você, de todos que vivem neste planeta chamado Terra. A tudo isto está sujeita a evolução dos seres que sobre ela existem e que existirão nas próximas gerações.[bb]

Todos aqueles que amamos e que sobreviverão sobre o legado deixado pela nossa consciência. Não se trata de uma vã filosofia, mas da realidade sentida em cada aviso enviado pela natureza.

Enchentes por toda parte, secas por outras, terremotos, erupções vulcânicas, ciclones, tornados por onde nunca existiu, estão destruindo, matando sem piedade os terráqueos.

Vários animais se encontram em extinção, campos antes férteis e produtivos estão secando, rios e lagos antes de águas límpidas tornaram-se poluídos, tudo através da ganância e irresponsabilidade do homem. Nessa disputa acirrada pelo conforto, pelo poder da riqueza, ele agride a natureza de todas as formas, numa total ignorância dos efeitos desastrosos que resultam de seus gestos insensatos.

Fazemos parte de uma crescente sociedade consumista e egoísta, para a qual o desperdício é completamente ignorado. Gastam-se os bens de consumo com a maior indiferença, desprezam-se as matérias finitas que tiramos de nosso planeta e que já não servem aos nossos caprichos, sem nos interessarmos em elaborar, aperfeiçoar ou mesmo tentar formas de reciclá-las através de uma reutilização.

Fala-se todos os dias sobre a destruição da camada de ozônio por gazes produzidos na Terra, responsável pelas modificações climáticas que tanto prejudicam a existência em nosso orbe.

Descobriram outras energias alternativas, não poluentes, como o etanol, por exemplo, mas os donos do petróleo não podem aceitar perder a fortuna que ele lhes proporciona e procuram embargar a acessão do concorrente. Indústrias irresponsáveis poluem os rios, destruindo todas as formas de vida neles existentes.

E a Amazônia? Nunca foi tão maltratada como está sendo ultimamente! As queimadas são constantes, as serras derrubam, sem piedade, as árvores centenárias. A fauna é perseguida pelos trambiqueiros para um comércio ilegal. E agora, segundo as derradeiras notícias, grande parte de suas terras vão ser distribuídas. Afinal é tempo de eleição, quanto renderá aos interessados tamanho maná?

O que se entende por desenvolvimento econômico de um país está intrinsecamente conectado à execução das leis do Direito Ambiental.

As normas de preservação brasileiras são reconhecidas, mundialmente, como as mais perfeitas e modernas, porém, como nunca há recursos para executá-las e fiscalizá-las punindo os infratores, estão sempre sendo descumpridas.

(*) É escritora.

Fonte: GazetaWeb

Abramovay: Possível candidatura de Marina Silva abre caminho para virar a mesa a favor da nova economia

Entrevista com o economista Ricardo Abramovay, da Revista Sustentabilidade:

A possível candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República abre o caminho para se discutir o desenvolvimento econômico e a inovação tecnológica voltados para a preservação dos recursos naturais, eficiência energética e novos padrões de consumo, disse Ricardo Abramovay, economista da Universidade de São Paulo (USP), durante debate sobre a nova economia verde promovido pelo Banco Itaú Unibanco.

“A [possível] candidatura da Marina trouxe novidades que nenhum dos principais partidos estavam prevendo no cenário político”, disse o pesquisador.

Segundo ele, o espaço aberto pela ex-ministra do Meio Ambiente e ativista ambiental introduz no debate político, de forma mais evidente, os problemas ambientais causado pela lógica econômica ortodoxa, para a qual os recursos naturais são infinitos.

“Os processos de gestão nas empresas precisam mudar”, disse “É ficção científica que a economia é um ciclo fechado.”

Abramovay explicou que, com o crescimento da renda e da eficiência do setor produtivo, a economia agora está ocupando todo o espaço do meio ambiente, consumindo os recursos naturais numa velocidade maior do que sua reposição. Para ele, é preciso que todos o atores sociais pensem em mudar o modelo econômico para permitir a reprodução do meio-ambiente.

Também afirma que um dos caminhos é a inovação, por possibilitar mudanças enormes, tanto no que diz respeito aos novos produtos, quanto aos processos. O outro caminho possível é por meio de mudanças nos padrões de consumo, tanto de energia, quanto de bens duráveis e não duráveis.

“A inovação tecnológica não é mais o aço,” lembrou. “A era do petróleo não vai acabar por falta de petróleo, como a era da pedra não acabou por falta de pedra. Ela vai acabar porque as alternativas ao uso destes recursos vão abrir horizontes para a inovação, com mudanças que a gente não pode nem imaginar ainda.”

Um dos possíveis caminhos para a inovação, além da busca por eficiência energética, vai ser o da biomimética. pela qual os designers estudam animais e plantas para reproduzir suas funções e sistemas.

Mas, segundo o pesqusiador, a mudança terá que se dar no âmbito político, pois existem muitas forças que querem manter o sistema atual, já que ele traz ganhos financeiros satisfatórios para alguns.

“As instituições atuais são avessas à organização do mundo em outros padrões”, disse. “O meio-ambiente continua sendo uma externalidade para o governo e para as empresas.”

Fundação de Mônaco premia Marina Silva

Fundação de Mônaco premia Marina Silva

07/10/2009 por Partido Verde

A senadora Marina Silva receberá no dia 10 de outubro, em Mônaco, o Prêmio Mudanças Climáticas, oferecido pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco. Anualmente, a fundação premia pessoas ou instituições com atuação especial e trabalho reconhecido no campo ambiental.

O Prêmio Mudanças Climáticas será concedido à senadora, de acordo com a Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, por sua contribuição para a proteção do meio ambiente, mais especificamente por seu trabalho para proteção das florestas brasileiras.

A Fundação, criada em 2006, se dedica, sobretudo, ao financiamento de projetos nas áreas de florestas, biodiversidade, água e meio-ambiente da região do Mediterrâneo. Em 2008 o prêmio Mudanças Climáticas foi concedido a Alain Hubert, explorador belga, da Fundação Internacional Polar.

"Sistema Planetário"

O poema abaixo foi enviado para o blog pela Stefani, da turma 3001 do turno da manhã, do Hercilia Moret.

Sistema Planetário

O coração é como a Terra impura;
Gyra sobre si mesmo impetuoso...
Se agora é dia claro e luminoso,
Logo depois é noite, noite escura...

O amor é o Sol. De sua immensa altura,
Elle illumina o coração ditoso.
Mas logo o céu se torna tenebroso,
E vem a noite a dor, a desventura...

Os sonhos são Estrellas scintillantes...
E como a Lua, pallida e sentida,
A Terra envolve em luzes fluctuantes

A saudade, essa Lua indefinida,
Projecta sobre a noite dos amantes
A sua branca luz entristecida...
Noel de Carvalho

Obs. Foi mantida a grafia original

Alerta à sociedade brasileira

As organizações abaixo assinadas alertam à sociedade brasileira para a gravidade da proposta da bancada ruralista no Congresso Nacional (PLs 1876/99 e 5367/09) que tramita em comissão especial formada por maioria de parlamentares ligados ao agronegócio.

A proposta revoga ou modifica as principais Leis ambientais brasileiras, como o Código Florestal brasileiro, a Lei de Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente e a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Os principais instrumentos de gestão ambiental em vigor como a criação de unidades de conservação, as reservas florestais legais, as áreas de preservação permanente, o licenciamento ambiental, o Conselho Nacional de Meio Ambiente poderão ser revogados ou enfraquecidos para atender exclusivamente por encomenda setorial dos ruralistas.

Às vésperas de uma das mais importantes reuniões internacionais de todos os tempos (Conferência do Clima em Copenhagen em dezembro próximo) que tratará de mecanismos e compromissos com a redução de emissões de gases de efeito estufa a bancada ruralista, com a conivência do governo federal, insiste em colocar em pauta e em ritmo acelerado propostas que põem em sério risco as principais leis brasileiras, em especial a que regulamenta o controle do desmatamento em todos os Biomas brasileiros. Ressalte-se que o desmatamento é responsável por mais de 50% das emissões brasileiras.

As organizações abaixo assinadas pedem ao Presidente da República e ao Presidente da Câmara dos Deputados o empenho necessário para que os Projetos de Lei aqui referidos (PL 1876/99 e 5.367/09) sejam rejeitados, ou que, no mínimo, sejam objeto de amplo debate nacional e tramitem ordinariamente nas comissões temáticas pertinentes viabilizando assim a participação ativa e informada de todos os setores interessados no desenvolvimento sustentável no Brasil.

As principais leis ambientais brasileiras a Lei da Mata Atlântica, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente, a Lei do Sistema Nacional de Meio Ambiente, Lei de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Lei de Informações Ambientais e Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação foram objeto de amplo debate no Congresso Nacional sendo inadmissível que este governo permita modificações de leis tão importantes para o desenvolvimento nacional sustentável sem um amplo e aberto debate nacional.

Brasilia, 06 de outubro de 2009

Associação Preserve a Amazônia
Apremavi
Amigos do Futuro
Conservação Internacional
IPAM
Fundação SOS Mata Atlântica
Gambá - Grupo Ambientalista da Bahia
Greenpeace
Grupo de Trabalho Amazônico
Rede de Ongs da Mata Atlântica
SOS Pantanal
ISA - Instituto Socioambiental
Instituto de Pesqusas Ecológicas
WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal
WWF

Mais informações com:
André Lima (IPAM) 61 99444225
Mário Mantovani (SOS Mata Atlântica) 11 84252122

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Amargo veneno (agrotóxico)

05/10/2009 09:54 - Atualizado em 05/10/2009 09:55
Amargo veneno
Marina Silva
Senadora Marina Silva (PV-AC)
Senadora Marina Silva (PV-AC)

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) baniu recentemente o acefato e o endossulfam, princípios ativos na fabricação de agrotóxicos, proibidos em vários países por causarem danos ao meio ambiente e à saúde. Por trás dessa notícia há um cenário preocupante, pois o Brasil é hoje o maior consumidor mundial de agrotóxicos.

O uso descontrolado desses produtos está diretamente relacionado a inúmeras doenças fatais, agudas e crônicas, como câncer, disfunções hormonais, má formação genética, problemas neurológicos e alergias. Segundo dados de 2007 do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), foram registrados no país 9.670 casos de intoxicação aguda por agrotóxicos em uso agrícola e doméstico, com 213 mortes.

Desde 2001, a Anvisa monitora resíduos de agrotóxicos em alimentos in natura. Em 2008 foram analisadas 17 culturas, e em todas foram encontradas amostras com resíduos acima do permitido pela lei ou com a presença de substâncias não autorizadas.

No meio ambiente, a prática tem mostrado que as pragas ficam mais resistentes, exigindo novas soluções e aumentando o custo de produção. Para o trabalhador rural, além dos gastos crescentes e contínuos, sua saúde é afetada, a terra fica empobrecida, os animais são também atingidos e a biodiversidade é destruída, na contramão do interesse coletivo. Não há lucratividade que reponha essas perdas.

Muitos pesquisadores e empreendedores vêm atestando a viabilidade de um modelo de produção agrícola mais sustentável em termos ambientais e econômicos.

A Embrapa, por exemplo, iniciou o projeto "Transição Agroecológica: construção participativa do conhecimento para a sustentabilidade", reunindo 25 unidades de pesquisa e 29 instituições em todo o Brasil.

É preciso investir em tecnologias que reduzam o uso de substâncias tóxicas, para o bem da própria agricultura. A tendência global é a de aumento das exigências ambientais e das restrições relacionadas a produtos químicos.

A Anvisa está realizando, em seu site, consultas públicas como parte do processo de revisão dos dados toxicológicos de vários princípios ativos de agrotóxicos. Mesmo realizando um trabalho de inegável interesse público, ela vem sofrendo forte oposição de alguns setores.

Por isso, o apoio da sociedade é fundamental, sobretudo o dos produtores rurais. Afinal, eles serão os primeiros beneficiados com a implementação de novos protocolos e tecnologias limpas, ferramentas indispensáveis para que a agricultura brasileira dê o seu grande salto de qualidade.

contatomarinasilva@uol.com.br